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Rede privada de saúde no município ganhará novo hospital com 214 leitos

Tisa Moraes
| Tempo de leitura: 3 min

Bauru ganhará, até o fim deste ano, um novo hospital privado, que está sendo construído na Zona Sul da cidade, próximo ao final da avenida Getúlio Vargas e à rodovia Marechal Rondon (SP-300). O serviço, que representará um investimento de R$ 100 milhões, integrará a Rede One Care, empresa sediada no próprio município e que contará com quatro unidades coordenadas de atenção à saúde primária, secundária e terciária.

A previsão, segundo o CEO e sócio-fundador da rede, Marlon Barbosa, é de que o hospital comece a funcionar no último trimestre de 2022, com capacidade para atender a demanda de pacientes que possuem planos e seguradoras de saúde não apenas em Bauru, mas em toda a região. Segundo ele, o serviço terá o conceito de Smart Hospital.

Ao todo, serão 18 mil metros quadrados distribuídos em seis pavimentos, com 214 leitos, sendo 143 de longa permanência (enfermarias clínica, cirúrgica, pediátrica, obstétrica e UTIs adulto e infantil) e mais 71 de curta permanência (hemodiálise e pronto atendimento adulto e infantil). O hospital contará ainda com parques tecnológicos em diagnóstico por imagem e em cardiologia, laboratório de análises clínicas e patologia, com processamento interno de exames, hemonúcleo, hemodinâmica e mais de 35 consultórios médicos em diferentes especialidades.

A unidade também abrigará, no último pavimento, um centro de convenções com capacidade para 280 espectadores e recursos tecnológicos avançados, que possibilitam a transmissão de cirurgias, ao vivo, por tecnologia 4K (de ultradefinição) via streaming para qualquer lugar do mundo. "No hospital, teremos, aliás, cirurgia robótica em ortopedia, inclusive para que possamos nos tornar um polo para apoiar a pós-graduação de profissionais de saúde, fomentando a geração de conhecimento e tecnologia", acrescenta Rogério Cury, diretor-executivo da rede.

TERCEIRA UNIDADE

Quando ficar pronto, o novo hospital irá integrar uma rede que já conta com duas unidades, sendo uma localizada dentro do Boulevard Shopping, que possui cinco consultórios médicos; e outra na região dos Villaggios, que realiza atendimentos clínicos e cirurgias eletivas. Uma terceira, denominada Espaço Saúde, ficará nas imediações do Bauru Shopping, e deve ser inaugurada no mês que vem.

Nela, conforme explica Aline Roucourt Presotto, diretora técnica ambulatorial da rede, haverá, em um mesmo lugar, consultórios em mais de 40 especialidades médicas, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, nutricionistas, psicólogos e dentistas, além de exames laboratoriais e de imagem, que podem ser realizados imediatamente após o paciente sair da consulta, e pequenas cirurgias.

"É importante destacar que a Rede One Care não é um plano de saúde, mas uma rede de saúde privada independente, que vende serviços a todas as operadoras que atuam na região, em um raio de 198 quilômetros", acrescenta Marlon Barbosa. Ela atenderá pacientes vinculados a aproximadamente 20 planos ou seguradoras, como Bradesco, Amil, SulAmérica, Porto Seguro, Bradesco, Omint e NotreDame.

NOVO MODELO

Ainda de acordo com o CEO, a rede é pioneira na região na implantação do Cuidado em Saúde Baseado em Valor, que visa aumentar a qualidade dos atendimentos, reduzir os desperdícios para ser mais eficiente, ampliar a remuneração dos profissionais e melhorar a experiência dos pacientes. O modelo assistencial é amplamente adotado nos Estados Unidos e na Europa, bem como em hospitais de referência que atendem as classes A e B na Capital Paulista.

"É uma prática mais sustentável no sistema de saúde, na qual quem financia e quem presta o serviço combinam o valor fixo a ser pago antes de a assistência ao paciente ser realizada. Assim, os profissionais atuam de forma mais eficiente, o que acaba por evitar reinternações, reoperacões e exames desnecessários. O paciente, consequentemente, recebe um tratamento mais efetivo, individualizado e humanizado, porque, quanto mais ele for cuidado ou mais cedo for diagnosticado e tratado, melhor será para as duas pontas do processo", comenta.

Segundo Barbosa, o modelo assistencial predominante no País, denominado Fee For Service (ou taxa por serviço), resulta em um desperdício de cerca de 30% a 40% dos recursos aplicados em saúde, por falta de coordenação no cuidado prestado.

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