Acostumado a pescar tucunaré no rio Tietê, agora ele quer "fisgar" o título de campeão Paulista. Prata da casa do Noroeste, com diversos jogos marcantes com a camisa do clube de sua cidade, gols inesquecíveis, inclusive um de bicicleta na atual temporada, o atacante Alexandre Capelin, o Leleco, foi fundamental no ataque do Norusca na campanha do acesso da Série A3 do Campeonato Paulista 2022.
Mas o jogador também vem chamando a atenção fora das quatro linhas, após lançar um canal no Youtube e no Instagram, o "Pescando Resenha". Por lá, é possível encontrar vídeos de pescaria. O atacante pescador percorre de barco ou caiaque, nas folgas e nas férias, inúmeros rios da região. O preferido tem sido o bom e velho Tietê, a parte despoluída do Interior do Estado.
Segundo o jogador, o pai e o tio o levavam para pescar e acampar quando ele era criança, experiências que o influenciaram a tomar gosto pelo contato com a natureza. Mas o interesse pela pescaria veio na fase adulta. "Tenho um amigo de infância aqui de Bauru, o Israel, que junto com o pai dele também me levava para pescar. Até hoje pescamos juntos. E a ideia do canal na internet veio após eu ganhar um caiaque do meu tio Wendel. E a câmera filmadora ganhei do meu irmão, que é youtuber. Mas pretendo, sim, seguir pescando sempre", comenta.
O atacante começou a gravar as pescarias e notou que seria legal compartilhar com os amigos. O irmão Gabriel o ajudou nas edições. As inspirações vieram de dois canais de pesca, o de Anderson Fortunato e o canal Camarão Bonito.
OS RIOS
Leleco destaca que os rios preferidos para pescaria e filmagens são os da própria região de Bauru, como o Rio Tietê, em Iacanga, Cambaratiba, Arealva, Bariri, Boraceia, além do Rio Batalha, o Rio Lençóis e Rio Jacaré Pepira. "Preciso encaixar na agenda, nas férias do futebol, uma pescaria com gravações no Pantanal e na Amazônia. Meu tio Luiz Capelin vai todo ano para o Pantanal e sempre me chama. O dia a dia dos campeonatos não tem deixado, por enquanto", acrescenta.
TUCUNARÉ
Perguntado sobre qual peixe tem pego com mais frequência, o jogador pescador destaca que tem sido a piranha. "Todos que pescam sabem o tanto de piranha que tem na nossa região, além da traíra. Mas o peixe que mais gosto de tentar fisgar é, sem dúvida, o tucunaré. E está muito difícil achá-lo na nossa região, infelizmente, por conta das redes. Um dos fatos que marcou minhas aventuras foi quando fisgamos alguma coisa que nos arrastou por vários metros no caiaque, até a linha de pesca estourar. Não sei se foi um tucunaré, mas até hoje não faço ideia do que poderia ter sido. Se foi peixe, devia ser muito grande", recorda.
ESPORTIVA
Leleco frisa que pratica a pesca esportiva. "Meus pais, às vezes, perguntam: cadê os peixes? As pessoas imaginam que voltamos cheios deles, mas, na verdade, pescamos e soltamos", reforça.
SORTUDO
A pescaria, como costuma ocorrer, rende boas histórias. Uma vez, o jogador chegou a perder um celular no rio, durante a pesca. "Eu costumo fazer umas fotos antes de soltar o peixe, normal, mas uma certa vez eu acabei me esquecendo do celular no colo e caiu no rio. Uma tristeza. Fui embora e contratei um mergulhador de Bauru. Voltei com ele no dia seguinte. E foi inacreditável: ele achou meu celular na última tentativa, depois de várias horas, com cinco metros de profundidade. E o celular está até hoje comigo, nunca parou de funcionar", lembrou o jogador que é pé quente dentro de campo e sortudo na pescaria.
FUTEBOL
Leleco cita ainda que vive um grande momento de alegria no futebol, por voltar a fazer o que mais gosta depois da longa pausa da pandemia de coronavírus e por ter conquistado o acesso pelo Noroeste. Ele é o vice-artilheiro do time, com quatro gols. Luiz Thiago tem oito.
"O gol de bicicleta (contra o Comercial, no Alfredão) foi sem dúvidas o meu mais bonito que já fiz. Acho que vai ficar marcado para sempre, ainda mais por ter feito dois gols no mesmo jogo e poder sair com a vitória dentro de casa", finaliza.
Os vídeos do seu canal podem ser vistos, também, na reportagem veiculada no JCNET.
