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Affonso José Aiello se consolida como o novo 'corredor comercial de luxo'

Marcele Tonelli
| Tempo de leitura: 3 min

Ela surgiu de forma tímida no mapa da cidade, servindo apenas como acesso a condomínios residenciais fechados, mas, hoje, já é considerada um prolongamento da Getúlio Vargas e se consolida como o novo "corredor comercial de luxo" da Zona Sul em Bauru. Trata-se da avenida Affonso José Aiello, atualmente uma das rotas com mais propostas de empreendimentos de alto padrão em andamento na Secretaria Municipal de Planejamento (Seplan).

Em consultas preliminares na pasta, figuram estudos para, por exemplo, a implantação na avenida de dois supermercados, galerias de lojas, outro mall (shopping a céu aberto), além de projetos contemplando novos prédios.

Embora não tenha sido projetada inicialmente para ser uma rota comercial, a Affonso José Aiello ganhou novo escopo nos últimos anos com diferentes tipos de empreendimentos instalados por lá. São lojas, restaurantes, bares e até estabelecimentos veterinários e de saúde, que têm atraído a vizinhança e também pessoas de outras localidades (leia mais na página ao lado).

Com o crescimento daquela região, a prefeitura projeta o alargamento das primeiras quadras da avenida e duplicação das faixas de trânsito, de modo a proporcionar melhor escoamento do fluxo, já que essa é uma das principais demandas da área hoje (leia mais abaixo).

"A Affonso Aiello se tornou uma continuidade natural da Getúlio Vargas e, com certeza, é uma das áreas mais valorizadas da cidade. E isso só tende a aumentar. Ela conduz a uma região de alto padrão, de grandes investimentos, condomínios fechados, mas não só isso. Agora, também estão surgindo várias propostas de loteamentos abertos com prédios de luxo de uso misto (residenciais e comerciais), além de malls", avalia o secretário municipal de Planejamento, Nilson Ghirardello.

"Até pouco tempo atrás, o mercado por lá pedia edifícios exclusivamente residenciais. O uso misto era tido pelo comprador como algo que até desmerecia o empreendimento. Mas, agora, há um novo olhar e uma busca cada vez maior por esse tipo de uso, de prédios residenciais com galerias embaixo", acrescenta o titular da Seplan.

ADENSAMENTO

Ghirardello ainda destaca que essa é uma realidade que passou, inclusive, a ser notada em peso nas Capitais recentemente, muito em razão do adensamento populacional, algo que também já é observado na av. Affonso José Aiello.

"O adensamento tem crescido muito ali e, com isso, mercados e lojas de conveniência passam a ser necessários. Os empresários têm percebido isso", comenta.

DIVERSIFICADO

A Affonso Aiello possui mais de 20 quadras e seu comércio é diversificado. Mecânica e revenda automotivas, centro-cirúrgico, laboratório médico, farmácia, restaurantes, bares, mall, padaria, pastelaria, pizzaria, pet shop, clínica veterinária 24h, academia de ginástica, empresa de tecnologia, agência de viagens, vinoteca, assados e disk-bebidas, escolas, entre outros.

Uma das novas propostas comerciais que circula pela Seplan envolvendo a avenida é a implantação de um outro mall, em uma área, em frente ao Villaggio 1, que deve receber também prédios de alto padrão.

Já a galeria de lojas que aguarda aprovação na pasta deve ser lançada em frente a prédios que estão localizados no trecho recentemente duplicado da avenida.

Os supermercados, por sua vez, estariam em fase de consulta preliminar na Seplan. A rede Confiança teria sondado uma área próxima ao colégio Chaminade. Já o grupo Serve Todos teria aberto consulta para empreender em um terreno nas imediações da Vila Aviação. Mas, por enquanto, tratam-se apenas de especulações em relação aos empreendimentos.

LIMITAÇÕES

Embora promissor, o novo perfil mais comercial da Affonso José Aiello encontra certas limitações. Tomada por muros de condomínios que, raramente, possuem vias de intersecção entre eles, a avenida tem quantidade escassa de terrenos à disposição do mercado. O fato faz com que o preço para empreender seja ainda mais alto naquela região.

Quem frequenta a Affonso Aiello sabe também que aquela é a única via de acesso urbana para a respectiva região, o que dificulta o trânsito. "Há dificuldade em planejar outra avenida paralela ali, porque não há vias de separação entre os condomínios e, na área que fica abaixo dos Villaggios, existe a linha férrea, portanto, sem espaço para execução. Já do outro lado, temos a Marechal Rondon e uma área de preservação. Ou seja, não é possível traçar vias ou artérias", acrescenta Ghirardello.

Hoje, a rodovia João Baptista Cabral Rennó (SP-225), a Bauru-Ipaussu, tem sido usada como rota alternativa pelos moradores e frequentadores da avenida.

 

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