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Aos 91, morre o escritor e poeta João Alvares

Bruno Freitas
| Tempo de leitura: 1 min

Criativo e sensível com as palavras, o escritor, jornalista e poeta bauruense João Alvares morreu aos 91 anos. Ele foi sepultado nesta quarta-feira (13), no Cemitério Jardim do Ypê, em Bauru. Segundo a família, o autor tinha um problema crônico no pulmão desde a sua juventude, quando contraiu tuberculose. Ficou o seu último mês de vida internado em um hospital particular da cidade e não resistiu a uma nova lesão pulmonar.

Alvares tinha se aposentado há anos como técnico do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e, por décadas, praticou uma das coisas que mais gostava de fazer: escrever. Era colaborador assíduo da Tribuna do Leitor, do JC, narrando histórias de autoconhecimento, além de falar muito sobre Deus, amor e zelo ao meio ambiente.

Publicou cerca de dez livros e uma infinidade de poemas e crônicas. Mas, o preferido, segundo a viúva Vera Ribeiro Dotto, era o "Meu Anel de Poeta". Nele, Alvares narra a infância pobre e o desejo de ser "doutor", mas relata que precisou trabalhar desde cedo para ajudar o pai a cuidar da família. E o "anel", o dom, era mesmo o da escrita.

Vera conta ainda que o marido era um homem romântico e que ela o conheceu alguns anos depois de ele ter ficado viúvo de sua primeira esposa. "Namoramos por um tempinho e ele veio morar comigo, em Piratininga. Ficamos casados por 22 anos. Quando ele estava internado, na UTI, todo o tempo que fiquei ao lado dele, eu lia as mesmas poesias que ele recitava para mim", recorda.

João Alvares não tinha filhos e, além da viúva, deixa os irmãos Jurandir, Joel, Janete, Jaime e Jane, fora os sobrinhos e amigos.

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