Bauru completa 126 anos de sua emancipação político-administrativa neste 1 de agosto de 2022. E um dos principais desafios que a cidade tem pela frente é o de pensar o município com um olhar para o futuro de médio e longo prazos. Para isso, é necessário criar a cultura e colocar em prática o planejamento da gestão pública, com projetos estruturantes, o que historicamente tem sido deixado de lado por governos em prol de ações com retornos mais rápidos e reativos aos inúmeros problemas existentes (leia mais reportagens abaixo).

Com demandas se avolumando, Bauru clama para ser enxergada e pensada muito além dos mandatos de 4 anos da política. A falta de projetos competentes e com solução de continuidade tem feito com que a cidade perca oportunidades de acelerar seu desenvolvimento com qualidade de vida e até mesmo obter recursos estaduais e federais para isso.

Como forma de tentar reverter esse cenário, uma força-tarefa da sociedade civil organizada deu start, recentemente, à associação do Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico de Bauru (Codese). A entidade tem como missão ajudar o município a estabelecer uma rota de desenvolvimento contínuo e independentemente da alternância de governos, visando a melhoria da qualidade de vida nas próximas décadas, e acompanhar as ações da prefeitura, independentemente do governo da ocasião.

OBRAS E AÇÕES

Somente em saneamento básico, há quatro ações estruturantes que desafiam o município: o abastecimento de água, o tratamento de esgoto, destinação dos resíduos sólidos e a macrodrenagem urbana. Os investimentos calculados para essas áreas são bilionários, conforme apontarão as próximas páginas deste caderno.

Há ainda uma quinta área considerada prioridade: o asfaltamento, tão cobrado e criticado pelos bauruenses e até por pessoas da região que frequentam o município. Cerca de 70% das capa asfáltica de Bauru estão vencidos há anos, além, ainda, de haver muitas ruas sem asfalto.