A Secretaria de Saúde de Campinas passou a oferecer o Implanon para todas as mulheres em idade fértil, ampliando o acesso ao método contraceptivo de longa duração em toda a rede municipal. A mudança marca uma expansão importante na política de planejamento reprodutivo da cidade. Antes, o implante era restrito a grupos específicos, como adolescentes, mulheres com contraindicação ao uso de estrógenos, distúrbios de saúde mental grave, dependência química, profissionais do sexo, mulheres vivendo com HIV/Aids e população em situação de rua.
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Segundo Miriam Nobrega, coordenadora da Saúde da Mulher, “é uma grande conquista para o município alcançar uma medida que representa um avanço na autonomia reprodutiva das mulheres. É importante que elas possam fazer suas próprias escolhas com o método que melhor dialogue com suas necessidades”.
A busca pelo Implanon tem aumentado ano a ano. Dados atualizados até novembro mostram crescimento expressivo:
Quantidade anual de implantes:
- 2022: 34
- 2023: 451
- 2024: 1.325
- 2025: 2.126
Apenas em 2025, o número praticamente dobrou: foram 1.052 implantes entre janeiro e julho, chegando a 2.126 aplicações até novembro.
Para garantir o atendimento ampliado, a Secretaria capacitou novos médicos aptos a realizar o implante e o acolhimento das mulheres que optarem pelo método. A rede agora conta com ginecologistas, médicos da saúde da família e generalistas preparados para orientar e acompanhar as pacientes. “Nossas capacitações vão além da técnica de implante. Preparamos os profissionais para o acompanhamento integral, desde a tomada de decisão até a adaptação ao dispositivo”, explica Miriam.
O Implanon é um dispositivo subdérmico que libera o hormônio etonogestrel e possui eficácia de até três anos. Somando os últimos anos, a rede municipal já realizou quase 4 mil implantes nos Centros de Saúde de Campinas.
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