MEIO AMBIENTE

Fiscalização encontra retirada irregular de árvores em Araçatuba

Por Wesley Pedrosa | da Redação
| Tempo de leitura: 1 min
Prefeitura de Araçatuba
Levantamento mostra que prática desrespeita lei e ameaça meta de reduzir déficit arbóreo
Levantamento mostra que prática desrespeita lei e ameaça meta de reduzir déficit arbóreo

Uma fiscalização realizada pela Prefeitura de Araçatuba em setembro revelou que um em cada dez imóveis vistoriados retirou árvores das calçadas logo após a emissão do “habite-se”, documento que autoriza a conclusão das obras. A prática contraria a legislação municipal que exige ao menos uma árvore por residência.

No total, foram inspecionados 1.081 imóveis em diferentes regiões da cidade. Em 114 deles (10,5%), foi constatada a ausência ou retirada da árvore obrigatória. Se o índice se repetisse em todo o município, a estimativa seria de perda de cerca de 12 mil árvores.

As situações mais críticas foram identificadas na região central, em ruas como Marcílio Dias, Duque de Caxias e do Fico, além de bairros novos, como Sylvio José Venturolli e Vida Nova, e condomínios fechados.

A legislação prevê multa de R$ 452,77 para quem remove árvores sem autorização, além da possibilidade de responder por crime ambiental.

O município estima que o déficit arbóreo atual seja de 100 mil unidades. A meta da administração é plantar 20 mil árvores até o fim de 2025 e chegar a 100 mil até 2028, número que só será alcançado com o engajamento da população.

A retirada das árvores das calçadas agrava o problema das ilhas de calor urbanos, já que a ausência de sombra aumenta a temperatura em vias e residências. Sem a cobertura vegetal, o asfalto e o concreto absorvem mais calor durante o dia e liberam lentamente à noite, deixando o clima mais abafado e desconfortável para a população.

Além disso, a redução da arborização compromete o equilíbrio ambiental, afetando a qualidade do ar e a biodiversidade. Árvores são fundamentais para absorver dióxido de carbono, liberar oxigênio, reduzir a poluição e oferecer abrigo a aves e insetos. Quando removidas, a cidade perde não apenas em beleza paisagística, mas em qualidade de vida e sustentabilidade.

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