O prefeito de Araçatuba, Lucas Zanatta (PL), apresentou aos vereadores, nesta segunda-feira (18), uma proposta da concessionária Transportes Urbanos Araçatuba (TUA) para garantir a continuidade do transporte coletivo em 2026. Os valores sugeridos variam de R$ 540 mil a R$ 746 mil por mês.
Atualmente, a empresa recebe R$ 450 mil mensais, valor aprovado em abril deste ano e válido até dezembro de 2025. A nova proposta prevê três cenários:
- R$ 540 mil/mês: manutenção do serviço atual;
- R$ 637,2 mil/mês: manutenção com aquisição de cinco ônibus novos;
- R$ 746 mil/mês: manutenção com aquisição de dez veículos zero quilômetro.
Segundo a concessionária, os novos ônibus seriam equipados com ar-condicionado e elevador para cadeirantes.
Contraproposta da Prefeitura
Durante a reunião, Zanatta afirmou que a Prefeitura prepara uma contraproposta, que será enviada em breve à Câmara para análise. Ele também destacou que o contrato com a TUA segue vigente até agosto de 2028 e que uma eventual rescisão poderia gerar prejuízos ao município.
Participação dos vereadores
Dos 15 vereadores, dez compareceram ao encontro. Faltaram Ícaro Morales (Cidadania), Arlindo Araújo e Luís Boatto (Solidariedade), Luciano Perdigão (PSD) e João Pedro Pugina (PL).
Entre os presentes estavam Damião Brito (Rede), Denilson Pichitelli (Republicanos), Rodrigo Atayde (PRTB), Gilberto Batata Mantovani (PSD), Sol do Autismo (PL), Fernando Fabris (PL), João Moreira (PP), Hideto Honda (PSD), Carlinhos do Terceiro (Republicanos) e a presidente da Câmara, Edna Flor (Podemos).
O prefeito esteve acompanhado da vice, Maria Ionice Zucon (PL), do chefe de gabinete Nelson Silva e dos secretários Marcelo Teixeira (Governo) e Cláudia Sato (Fazenda).
Resistência na Câmara
O presidente da Comissão Especial de Transporte, Damião Brito, e a vereadora Sol do Autismo já adiantaram ser contrários à manutenção do contrato com a TUA. Ambos votaram contra o subsídio de R$ 450 mil em abril.
“Se a empresa ameaçar parar o transporte, pode parar. Porque aí teremos motivo para romper o contrato e abrir nova licitação. Sou contra, porque a TUA vem recebendo dinheiro da Prefeitura e o serviço não melhorou”, disse Brito.
A comissão também sugeriu a realização de uma audiência pública para ampliar o debate com a população.
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