Em um país que ainda importa parte dos combustíveis que consome - 20% do mercado ou 600 mil barris por dia - investir em soluções práticas e sustentáveis de refino deveria ser prioridade. E é exatamente isso que algumas refinarias privadas vêm fazendo, apostando em tecnologias acessíveis, eficientes e alinhadas às exigências ambientais do século XXI.
Um bom exemplo é o uso do sistema topping, que realiza a primeira separação dos componentes do petróleo bruto por meio da destilação atmosférica. Esse processo, apesar de simples, é altamente funcional: o petróleo é aquecido e dele se extraem, por diferença de ponto de ebulição, frações como gases, nafta e diesel — fundamentais para movimentar o país.
Mas não para por aí. Na SSOil, o topping é complementado com destilação a vácuo, o que permite aproveitar até as frações mais pesadas do petróleo, como óleo combustível, ampliando o rendimento e diminuindo perdas. Cada gota conta — e aqui, tudo se aproveita.
Mais do que eficiência, o que nos importa é a busca pela sustentabilidade. O diferencial da SSOil está no sistema de aquecimento que, em vez de usar o tradicional stripping a vapor, aposta em fluido térmico para a transferência de calor. A vantagem? Uma separação precisa e sem geração de efluentes líquidos. Ou seja, menos impacto ambiental.
E tem mais. O forno usado pela SSOil é calibrado para combustão completa, garantindo desempenho com responsabilidade ambiental. E o sistema de segurança, o chamado flare, ganha um toque de inovação: é encapsulado, operando de forma silenciosa, com a chama invisível e controlada por sensores. Isso não só reduz a emissão de fumaça como também elimina o impacto visual — um ponto importante para a comunidade e para os órgãos reguladores.
Esse conjunto tecnológico não só atende às normas ambientais com folga — ele vai além. Ele se antecipa às futuras exigências da agenda verde e projeta o Brasil como capaz de refinar com responsabilidade, sem depender exclusivamente de grandes estruturas e pesadas intervenções. É a demonstração clara de que a transição energética também pode começar pelo refino inteligente.
Se quiser realmente falar em segurança energética e autonomia nacional, é preciso valorizar quem já está fazendo a diferença na prática. A inovação não está apenas nos grandes projetos futuristas. Às vezes, ela está em soluções sólidas, já em funcionamento, de maneira silenciosa, provando que é possível crescer com responsabilidade. É isso que a nova geração de refinarias está mostrando — e o país deveria prestar mais atenção em exemplos como esses.
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