JUSTIÇA

Família clama por Justiça após morte de Bruna em atropelamento

Por Guilherme Renan | da redação
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução Arquivo Pessoal
Bruna Paiva, de 26 anos, morreu no local após ser arremessada da moto atingida por uma caminhonete; irmão mobiliza redes por justiça
Bruna Paiva, de 26 anos, morreu no local após ser arremessada da moto atingida por uma caminhonete; irmão mobiliza redes por justiça

A dor da perda de Bruna Paiva da Silva, de 26 anos, continua viva na memória de seus familiares, especialmente de seu irmão, Bruno Paiva da Silva. Mais do que o luto, a família agora convive com a revolta. Quase dois meses após o atropelamento fatal que tirou a vida de Bruna, o motorista responsável pela tragédia segue em liberdade — mesmo com provas contundentes de que dirigia embriagado e em alta velocidade.

O caso ocorreu no início da noite de 27 de abril de 2025, um domingo chuvoso, na Rodovia Cará Rezek, em Araçatuba (SP). Bruna voltava para casa como passageira em uma motocicleta quando uma caminhonete desgovernada atingiu violentamente o casal. A jovem foi arremessada e morreu no local. Seu companheiro, que conduzia a moto, sobreviveu após ser internado e passar por cirurgias.

De acordo com relatos colhidos por Bruno junto a moradores de Engenheiro Taveira, o motorista passou a tarde ingerindo bebidas alcoólicas em um estabelecimento rural. Testemunhas afirmam que ele foi visto realizando manobras perigosas e quase atropelou uma criança antes do acidente. Ele ainda teria caído com o veículo em uma valeta, sendo resgatado por funcionários de uma empresa da região — tudo isso antes de provocar a colisão que vitimou Bruna.

Apesar da gravidade dos fatos, o acusado recusou-se a fazer o teste do bafômetro no momento da abordagem. Ainda assim, laudos médicos confirmaram o estado de embriaguez, corroborado por falas desconexas, olhos avermelhados e forte odor etílico, segundo registrado pelos policiais. Dentro do veículo foram encontradas garrafas de bebida alcoólica.

Clamor por Justiça

Bruno Paiva destaca que o motorista, além de permanecer solto, nunca prestou qualquer tipo de auxílio à família, tampouco ofereceu ajuda ao cunhado ferido, que segue em recuperação. “Meu coração está dilacerado, mas não vou me calar. Não é apenas pela Bruna, mas por todas as famílias que enfrentam a impunidade diante de crimes de trânsito cometidos por motoristas embriagados”, afirma o irmão da vítima.

Com base nos indícios, testemunhos e laudos, a família cobra que o caso seja requalificado de homicídio culposo para homicídio com dolo eventual — quando o condutor assume o risco de matar. Também pedem a revogação da liberdade do acusado e sua prisão preventiva.

Além do boletim de ocorrência e dos laudos médicos, o caso ganhou repercussão em veículos como o G1 e em perfis nas redes sociais. Um abaixo-assinado virtual em apoio à responsabilização do motorista já ultrapassa 2 mil assinaturas, e mobilizações da população continuam sendo organizadas.

“Bruna não foi vítima de um acidente, mas de um crime anunciado”, reforça Bruno. A família agora espera que o Ministério Público tome providências e que a Justiça prevaleça.

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