
Um vídeo enviado à Redação da Folha da Região na tarde dessa quinta-feira, 24, revela uma cena de agressão contra uma criança diagnosticada com autismo no interior de uma escola municipal de Jales, a 115 km de Araçatuba.
As imagens, que teriam sido feitas em outubro de 2024, mostram um funcionário público da unidade repreendendo o menino de forma violenta, após um episódio de crise, no qual a criança derruba um banco. A mãe só soube do caso em novembro.
Segundo a mãe do menino, que possui diagnóstico de autismo nível 2, o impacto psicológico causado pela agressão tem sido devastador. Em um vídeo emocionado, divulgado nas redes sociais, ela relata que o filho se recusa a voltar à escola e vem enfrentando dificuldades até mesmo para entrar no prédio da secretaria quando vai buscar as atividades escolares, que atualmente realiza em casa com apoio psicológico.
“A gente só pede orações, para que ele consiga se recuperar, para que nossa vida volte ao normal”, disse a mãe, no vídeo.
Medidas legais e investigação
Após meses aguardando uma resposta da administração pública, a mãe decidiu tornar o caso público. Por meio de nota, os advogados da família informaram que todas as medidas legais estão em curso.
“O caso já está sob investigação da autoridade policial competente, e também foi protocolada ação judicial relativa à responsabilidade civil. Reiteramos o compromisso com a verdade, com a proteção integral da criança e o respeito aos direitos da pessoa com deficiência.”
Os representantes legais optaram por não divulgar mais detalhes do processo judicial, por respeito à vítima e ao andamento legal do caso.
Posicionamento da Prefeitura
A Prefeitura de Jales se manifestou, por meio de nota, confirmando que o servidor que aparece no vídeo foi afastado de suas funções na escola onde o fato ocorreu e não atua mais em unidades com contato direto com crianças.
A administração informou ainda que instaurou um Processo Administrativo, atualmente em fase final, para apurar os fatos e aplicar as medidas cabíveis.
Fale com o Folha da Região!
Tem alguma sugestão de pauta ou quer apontar uma correção?
Clique aqui e fale com nossos repórteres.