ARMAS E EXPLOSÃO

Justiça aceita denúncia contra coronel em explosão de apartamento

Por Flávio Paradella | Especial para a Sampi Campinas
| Tempo de leitura: 2 min
Reprodução
Coronel reformado do Exército responde por posse ilegal de armas e causar incêndio.
Coronel reformado do Exército responde por posse ilegal de armas e causar incêndio.

O juiz Abelardo de Azevedo Silveira, da 2ª Vara Criminal de Campinas, aceitou a denúncia apresentada pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) e tornou réu o coronel reformado do Exército Virgílio Parra Dias, proprietário de um apartamento no condomínio Fênix, na Rua Hércules Florence, onde um arsenal ilegal de armas e munições provocou uma explosão de grandes proporções em junho do ano passado.

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Com a decisão, o coronel responderá formalmente na Justiça pelos crimes de posse irregular de armas de uso permitido, porte ilegal de armas e munições de uso restrito, e também por causar incêndio, expondo a perigo a vida, integridade física ou patrimônio alheio.

De acordo com a acusação do MP, foram encontradas 145 armas no imóvel, além de grande quantidade de pólvora, artefatos explosivos, cartuchos, prensas e máquinas de fabricação de munições, tudo sem a devida autorização legal. O laudo pericial apontou que a presença e o armazenamento irregular desses materiais foram a causa direta da explosão, que causou pânico entre os moradores e danificou diversas unidades do prédio.

A denúncia também pede, em caso de condenação, que as penas sejam aplicadas de forma cumulativa, dada a gravidade dos fatos e a variedade de infrações cometidas.

A defesa de Virgílio Parra Dias nega as acusações, sustenta que não há provas de que ele tenha causado o incêndio e afirma que as infrações relacionadas às armas seriam de natureza administrativa, e não penal. Os advogados também sustentam que o coronel não cometeu nenhum dos crimes descritos pelo MP e pretendem contestar o andamento da ação.

O caso ganhou repercussão nacional após o episódio, ocorrido em 2023, que assustou os moradores do condomínio de alto padrão e mobilizou equipes do Corpo de Bombeiros, Polícia Militar, Polícia Civil e Exército. Desde então, as investigações se concentraram no conteúdo armazenado no apartamento e nas licenças e autorizações legais de posse e uso do material bélico.

Com o recebimento da denúncia, o coronel passa agora à condição de réu, e a Justiça dará continuidade à instrução do processo, com coleta de provas e depoimentos das partes envolvidas.

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