No meio urbano, não é incomum encontrar animais sozinhos pelas ruas ou até grupos deles reunidos em determinados pontos das cidades, onde são alimentados por moradores próximos. Nos últimos tempos se tornou perceptível como as pessoas se comovem mais com o bem-estar dos animais e com as causas que os defendem.

Como exemplo, a Folha da Região/Sampi ouviu a história de uma moradora de Araçatuba que alimenta gatos na rua todos os dias.

O cuidado de quem se importa

Gisele é uma moradora de Araçatuba que alimenta gatos de rua em seu bairro. Ela conta que começou a alimentar os gatos há muitos anos, porque começaram a jogar vários no portão da casa dela, e isso foi aumentando com o tempo. “Jogavam até caixa fechada com a mãe e os filhotes”. E justamente por isso ela não quis divulgar onde mora.

Já faz tempo também que a munícipe começou a alimentar, não somente os gatos da sua calçada, mas também os do entorno, que vivem em áreas verdes, terrenos etc. Ela caminha por vários quarteirões duas vezes ao dia, de manhã e no fim da tarde, levando ração para uma média de 35 gatos. Segundo ela, não importa a distância, mas sim alimentar quem tem fome e sede.

Ela relatou que gasta, em média, 600 reais por mês, e que conta com a ajuda do seu pai e da sua irmã. Além disso, ela dá vacina, vermífugo ou algum outro medicamento quando há necessidade. Só que ela consegue medicar somente os gatos mais mansos, tendo dificuldades com os ariscos.

Ela contou também que procura castrar esses gastos, e quem ajuda financeiramente nessas cirurgias é uma vereadora. “Ela paga com recurso próprio a castração, e às vezes as vacinas”.