A prisão foi feita na quinta-feira, 19, no bairro Vila Gomes, zona norte de Sorocaba (SP). O grupo, segundo a polícia, agia no Sul do país e em São Paulo. O homem foi levado até a 2° DP e permaneceu à disposição da Justiça. O investigado é chileno, e a prisão foi feita pelo serviço de inteligência do Departamento de Polícia Judiciária do Interior 7 (Deinter-7), de Sorocaba, com apoio da Polícia Civil de Florianópolis (SC).
Para executar a ação, a polícia cumpriu cinco mandados de prisão por roubo qualificado e homicídio direcionados aos estados do Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso.
Segundo as investigações, o grupo – do qual o suspeito fazia parte – é acusado de agir em ações criminosas em várias cidades, incluindo o interior de São Paulo. O modo adotado pelos criminosos recebeu o apelido de “Novo Cangaço”, as ações eram violentas, com uso de armas de alto calibre e a utilização de reféns que eram usados como escudo humano. O histórico de atuação dessa quadrilha se estende na cidade de Guarapuava, no Paraná, em Timbó Grande em Santa Catarina e também em Araçatuba, São Paulo, o último registro em agosto de 2021, quando três pessoas morreram e vários reféns foram feitos durante a ação criminosa.
Terror na madrugada
O domingo do dia 30 de agosto de 2021, ficou marcado em Araçatuba e até hoje as marcas de fuzis estão impressas nas fachadas de prédios do centro da cidade. Uma quadrilha com cerca de 30 assaltantes armados com fuzis e explosivos causou o terror por mais de uma hora e ficou conhecida como mega-assalto.
Foram assaltadas duas agências bancárias do centro da cidade. O grupo utilizou várias cargas de explosivos com sensores por presença que foram espalhadas no perímetro central de Araçatuba. Enquanto parte da quadrilha agia para invadir as agências, outra parte dos criminosos atirava em direção aos prédios e faziam reféns entre os moradores. Os inocentes foram usados como escudos humanos.
Naquela ação, a polícia fazia o monitoramento com o uso de drone. Os bandidos fugiram em vários veículos, trocando tiros com a polícia após pegarem o dinheiro – até hoje há divergências quanto ao valor roubado – e os reféns foram colocados dentro e em cima dos veículos como escudos. Três pessoas morreram durante o assalto, um integrante da quadrilha e dois moradores da cidade que estavam no centro. Ao menos 30 pessoas foram presas após o crime.
Fale com o Folha da Região!
Tem alguma sugestão de pauta ou quer apontar uma correção?
Clique aqui e fale com nossos repórteres.