TRAGÉDIA

Vítima de ataque em escola de Cambé (PR) era coroinha e namorava aluno atingido

A jovem era atuante na igreja, foi coroinha e participava do Grupo de Jovens Illumi

Por Folhapress | 19/06/2023 | Tempo de leitura: 2 min

reprodução/Paróquia Santo Antonio/Cambé (PR)/Facebook

A Polícia Civil do Paraná está investigando o caso
A Polícia Civil do Paraná está investigando o caso

 

 

A estudante Karoline Verri Alves, 16, vítima do ataque a tiros no Colégio Estadual Professora Helena Kolody, em Cambé, no norte do Paraná, era coroinha na paróquia Santo Antônio de Cambé, onde seus pais atuam como coordenadores de uma comunidade católica.

A estudante morreu após ter sido atingida por tiros disparados por um ex-aluno de 21 anos na manhã desta segunda-feira (19). O namorado de Karoline, da mesma idade que ela e aluno da escola, também foi baleado e está internado em estado gravíssimo, de acordo com nota divulgada pela direção do HU-UEL (Hospital Universitário da Universidade Estadual de Londrina), onde o adolescente está internado.

A Polícia Civil investiga as motivações do crime. O agressor foi preso e encaminhado para Londrina, segundo a Polícia Militar.

No perfil da paróquia Santo Antônio, foi publicada uma homenagem à vítima. "A jovem era atuante na igreja, foi coroinha e participava do Grupo de Jovens Illumi. Na missa solene de Corpus Christi, no último dia 8, celebrada no Instituto Nossa Senhora Auxiliadora (INSA), entrou, na Procissão da Palavra, com o Lecionário, acompanhada dos pais e dos irmãos", diz trecho da nota.

Em entrevista à imprensa em Curitiba, o governador Carlos Massa Ratinho Junior (PSD) disse que informações iniciais apontam que um professor teria segurado o atirador. Segundo Ratinho, o docente teria passado por um treinamento recente, após sequência de ataques a escolas do país nos últimos meses.

"A informação que temos é que o professor que conseguiu imobilizar o ex-aluno foi alguém que passou pelo treinamento feito pela nossa equipe de segurança pública, 60, 90 dias atrás", disse o governador.

Mais cedo, o Governo do Paraná já havia dito, em nota, que o atirador entrou na escola alegando que solicitaria o seu histórico escolar. O governador decretou luto oficial de três dias e lamentou o episódio.

OUTROS ATAQUES

O ataque desta segunda no Paraná é, ao menos, o terceiro registrado em instituições de ensino neste ano com vítimas fatais e comoção nacional.

Na manhã de 5 de abril, um homem de 25 anos invadiu a creche Cantinho Bom Pastor, em Blumenau (SC), e matou quatro crianças. As vítimas são três meninos e uma menina, com idade entre 5 e 7 anos. Uma machadinha e um canivete foram usados na ação, segundo o tenente Márcio Filippi, comandante do 10º BPM (Batalhão da Polícia Militar). Conforme a apuração, o assassino chegou à escola em uma moto, pulou o muro e escolheu as vítimas aleatoriamente. Ao perceber que as professoras correram para proteger as demais crianças, ele tentou fugir pulando novamente o muro. Em seguida, se entregou.

Em 27 de março, a professora de ciências Elisabeth Tenreiro, 71, foi morta em um ataque na escola estadual Thomazia Montoro, na Vila Sônia, zona oeste de São Paulo. Ela era descrita como apaixonada pelas filhas e pelos netos. Um aluno de 13 anos a atacou com uma faca pelas costas.

O agressor também feriu dois alunos e outras três professoras. O adolescente, que era aluno do 8º ano do ensino fundamental na escola, foi apreendido.

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