SAÚDE

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Estudos científicos apontam que lúpus chega a atingir 4 vezes mais as mulheres negras

Estudos científicos apontam que lúpus chega a atingir 4 vezes mais as mulheres negras

Indivíduos do sexo feminino com idades entre 15 a 45 anos são mais propensas a desenvolver o lúpus; mulheres afro-americanas têm de 3 a 4 vezes mais chances de sofrer com a doença

Indivíduos do sexo feminino com idades entre 15 a 45 anos são mais propensas a desenvolver o lúpus; mulheres afro-americanas têm de 3 a 4 vezes mais chances de sofrer com a doença

Por Jaqueline Lopes, com assessoria | 14/05/2023 | Tempo de leitura: 3 min

Por Jaqueline Lopes, com assessoria
14/05/2023 - Tempo de leitura: 3 min

Divulgação

Ainda não existe exame para diagnosticar a doença: coletas de sangue e observação de alguns sintomas específicos podem ajudar a reconhecê-la

O lúpus faz parte de um conjunto de doenças reumáticas crônicas e autoimunes (aquelas em que o sistema imunológico ataca tecidos saudáveis do próprio corpo, por engano). Um mal em muitas vezes silencioso e de difícil diagnóstico, o que faz com que muitos pacientes tenham a doença, mas não saibam. E, talvez, nunca descubram.

Estima-se que existam cerca de 65 mil pessoas com lúpus eritematoso sistêmico no Brasil, sendo a maioria mulheres, de acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR).

Embora possa ocorrer em qualquer idade, é mais comum em mulheres entre 15 e 45 anos de idade e a prevalência e gravidade da doença é maior na população afro-americana, hispânica e asiática. A incidência do lúpus chega a ser três a quatro vezes maior em mulheres negras do que em mulheres brancas.

A causa exata do lúpus ainda não é totalmente conhecida, mas acredita-se que uma combinação de fatores genéticos, hormonais e ambientais possa desempenhar um papel na ocorrência de alterações autoimunes que culminam no surgimento da doença.

De acordo com a médica reumatologista Ana Luísa Pedreira, alguns dos fatores de risco incluem histórico familiar de lúpus (influência genética), gênero feminino, exposição à luz solar, infecções virais e tabagismo.

“O nome "lúpus" vem do latim e significa "lobo", pois, no passado, foi encontrada semelhança entre lesões de pele ocasionadas pelo lúpus e lesões de mordida de lobo”, elucida ela, que também é membro da Sociedade Baiana de Reumatologia.

 TIPOS DA DOENÇA

De acordo com o Ministério da Saúde, o lúpus pode se manifestar de três formas diferentes com causas distintas. Duas das principais são lúpus discoide (este tipo fica limitado na pele, podendo causar lesões avermelhadas) e lúpus sistêmico (o mais comum, age com inflamação no organismo e pode se manifestar de forma leve ou grave).

Há, ainda, o lúpus induzido por drogas: é comum e acontece porque a substância de algumas drogas ou medicamentos pode provocar inflamação com sintomas parecidos ao lúpus sistêmico. No entanto, a doença, nesse caso, tende a desaparecer assim que o uso da substância terminar.

A quarta forma é o lúpus neonatal. É bastante raro e afeta filhos recém-nascidos de mulheres que têm a doença. Normalmente, ao nascer, a criança pode ter erupções na pele, problemas no fígado ou baixa contagem de células sanguíneas, mas esses sintomas tendem a desaparecer naturalmente após alguns meses.

Ainda não há nenhum exame ou teste específico para diagnosticar o lúpus, mas isso pode ser feito com segurança a partir de exames de sangue, urina e dos sintomas clínicos apresentados ao médico durante exame físico.

A medicina e a ciência ainda não encontraram uma cura, no entanto o prognóstico, ou seja, o tratamento paliativo, quando aplicado de forma adequada, pode controlar e até fazer desaparecer os sintomas da doença. Por isso, com o acompanhamento e tratamento corretos, ambos oferecidos de forma integral e gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS), é possível levar uma vida normal.

É importante trabalhar em estreita colaboração com o médico reumatologista e seguir um plano de tratamento adequado para ajudar a gerenciar a doença. “O acompanhamento multiprofissional, exercício físico e psicoterapia para controle dos gatilhos emocionais são também muito importantes nesse processo”, afirma Ana Luísa.

No que diz respeito à prevenção da doença, é importante salientar que, como ainda não existe exame ou teste para o diagnostico, também não há um modo de prevenção concreto, haja vista que as causas da doença ainda não são totalmente conhecidas e também não há vacinas.

O lúpus faz parte de um conjunto de doenças reumáticas crônicas e autoimunes (aquelas em que o sistema imunológico ataca tecidos saudáveis do próprio corpo, por engano). Um mal em muitas vezes silencioso e de difícil diagnóstico, o que faz com que muitos pacientes tenham a doença, mas não saibam. E, talvez, nunca descubram.

Estima-se que existam cerca de 65 mil pessoas com lúpus eritematoso sistêmico no Brasil, sendo a maioria mulheres, de acordo com a Sociedade Brasileira de Reumatologia (SBR).

Embora possa ocorrer em qualquer idade, é mais comum em mulheres entre 15 e 45 anos de idade e a prevalência e gravidade da doença é maior na população afro-americana, hispânica e asiática. A incidência do lúpus chega a ser três a quatro vezes maior em mulheres negras do que em mulheres brancas.

A causa exata do lúpus ainda não é totalmente conhecida, mas acredita-se que uma combinação de fatores genéticos, hormonais e ambientais possa desempenhar um papel na ocorrência de alterações autoimunes que culminam no surgimento da doença.

De acordo com a médica reumatologista Ana Luísa Pedreira, alguns dos fatores de risco incluem histórico familiar de lúpus (influência genética), gênero feminino, exposição à luz solar, infecções virais e tabagismo.

“O nome "lúpus" vem do latim e significa "lobo", pois, no passado, foi encontrada semelhança entre lesões de pele ocasionadas pelo lúpus e lesões de mordida de lobo”, elucida ela, que também é membro da Sociedade Baiana de Reumatologia.

 TIPOS DA DOENÇA

De acordo com o Ministério da Saúde, o lúpus pode se manifestar de três formas diferentes com causas distintas. Duas das principais são lúpus discoide (este tipo fica limitado na pele, podendo causar lesões avermelhadas) e lúpus sistêmico (o mais comum, age com inflamação no organismo e pode se manifestar de forma leve ou grave).

Há, ainda, o lúpus induzido por drogas: é comum e acontece porque a substância de algumas drogas ou medicamentos pode provocar inflamação com sintomas parecidos ao lúpus sistêmico. No entanto, a doença, nesse caso, tende a desaparecer assim que o uso da substância terminar.

A quarta forma é o lúpus neonatal. É bastante raro e afeta filhos recém-nascidos de mulheres que têm a doença. Normalmente, ao nascer, a criança pode ter erupções na pele, problemas no fígado ou baixa contagem de células sanguíneas, mas esses sintomas tendem a desaparecer naturalmente após alguns meses.

Ainda não há nenhum exame ou teste específico para diagnosticar o lúpus, mas isso pode ser feito com segurança a partir de exames de sangue, urina e dos sintomas clínicos apresentados ao médico durante exame físico.

A medicina e a ciência ainda não encontraram uma cura, no entanto o prognóstico, ou seja, o tratamento paliativo, quando aplicado de forma adequada, pode controlar e até fazer desaparecer os sintomas da doença. Por isso, com o acompanhamento e tratamento corretos, ambos oferecidos de forma integral e gratuita pelo Sistema Único de Saúde (SUS), é possível levar uma vida normal.

É importante trabalhar em estreita colaboração com o médico reumatologista e seguir um plano de tratamento adequado para ajudar a gerenciar a doença. “O acompanhamento multiprofissional, exercício físico e psicoterapia para controle dos gatilhos emocionais são também muito importantes nesse processo”, afirma Ana Luísa.

No que diz respeito à prevenção da doença, é importante salientar que, como ainda não existe exame ou teste para o diagnostico, também não há um modo de prevenção concreto, haja vista que as causas da doença ainda não são totalmente conhecidas e também não há vacinas.

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