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Promotoria de Justiça abre inquérito para investigar fábrica de calçados Dok, de Birigui

Por Lauro Sampaio | Da Redação/Folha da Região
| Tempo de leitura: 2 min
Divulgação/Senior Sistemas
Empresa alega que vem passando por dificuldades financeiras desde que fez uma grande aquisição, ano passado
Empresa alega que vem passando por dificuldades financeiras desde que fez uma grande aquisição, ano passado

A Promotoria de Justica de São Paulo abriu um inquérito para investigar a fábrica de calçados Dok, de Birigui, conhecida nacionalmente por produzir os calçados Ortopé e Dijean. Segundo a Promotoria, a empresa teria contraído uma dívida milionária no mercado ao supostamente lançar notas fiscais frias de vendas para vários fornecedores e, assim, obter empréstimos vultosos em bancos e que não foram pagos dentro dos prazos previstos.

A Polivia Civil de Birigui instaurou também 17 inquéritos contra a empresa, sob a acusação de estelionato. De acordo com as autoridades, as transações teriam gerado um rombo de R$ 382 milhões no mercado. As notas fiscais supostamente fraudadas são de R$ 20 milhões emitida para a Riachuelo, R$ 15 milhoes para a Renner e R$ 4 milhões para a Puma. Todas essas redes afirmaram desconhecer tais montantes de notas.

O Grupo Dok foi fundado em Birigui, em 2010. Há dois anos o grupo comprou os produtos da Vulcabras e passou a produzir calçados para as marcas Arezzo, Bata e Puma. A fábrica tem 4 mil funcionários e exporta para mais de 20 países e afirma estar passando por dificuldades financeiras depois de adquirir o portfolio da empresa Esposende, do Rio de Janeiro, no ano passado.

De acordo com a Policia Civil, o esquema teria origem em emitir notas fraudulentas que simulavam vendas que nunca existiram para obter lastro no mercado financeiro. A partir de novembro último, os empréstimos contraídos com grandes bancos começaram a atrasar,  o oue levou à descoberta do suposto esquema.

"Eles alegavam fornecimento contínuo, então todo mês havia liquidação dos títulos. Em dezembro começaram a surgir os calotes e, depois, os fornecedores afirmaram que não tinham feito aquelas compras", explicou o advogado José Luis Dias da Silva, preposto do grupo Evolut Fundo de Investimentos.

Por outro lado, a Dok entrou com pedido de recuperação judicial na Justiça, que caso aceito suspenderá as cobranças por 6 meses até que a empresa apresente um plano de pagamento parcelado. O Evolutt entrou com um pedido de falência na Justiça que ainda não foi julgado.

O Fundo afirma que, se a Justica reconhecer a fraude, a falência sera decretada e 4 mil trabalhafores de Birigui poderão perder o emprego.

Procurada pela reportagem, a Dok não se manifestou e nem indicou um advogado para falar sobre as acusações. Caso se manifeste, esta reportagem será atualizada.

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