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‘What If...?’ mostra como a Marvel pode se perder com as realidades paralelas

Por Redação |
| Tempo de leitura: 3 min
NOVA REALIDADE Série trará vários personagens com histórias bem diferentes das já conhecidas no cinema. (Foto: Divulgação)
NOVA REALIDADE Série trará vários personagens com histórias bem diferentes das já conhecidas no cinema. (Foto: Divulgação)

"What If...?" é a quarta série do chamado Universo Cinematográfico Marvel, o MCU, que estreia nesta semana no Disney+. Como o nome - que ficou sem tradução para o português- sugere, o desenho brinca com o que poderia ter acontecido aos heróis do estúdio caso suas histórias tomassem caminhos diferentes.

Primeira produção animada do MCU, a série antológica mostra, a cada episódio, novas versões de super-heróis já bem conhecidos pelo público, buscando inspiração nos quadrinhos homônimos lançados na década de 1970.

A ideia de que o Universo Cinematográfico Marvel vai se expandir e virar um multiverso cinematográfico já vem sendo ventilada há algum tempo, principalmente depois que a animação "Homem-Aranha no Aranhaverso" abriu essa porta.

Vencedor do Oscar, o longa acompanha Miles Morales, uma das identidades do herói aracnídeo, tentando fechar um portal que conecta diversas realidades alternativas -numa delas, o Homem Aranha é uma mulher, por exemplo.

Já em 2019, a versão em live-action do personagem, interpretada por Tom Holland, também flertou com essa ideia, ao incluir nos momentos finais de "HomemAranha: Longe de Casa" uma aparição de John Jonah Jameson, jornalista vivido por J. K. Simmons nos filmes do aracnídeo dos anos 2000 - quando Tobey Maguire encarnava o protagonista.

Além disso, está o fato de Alfred Molina, ator que fez o vilão Doutor Octopus na era Maguire, estar confirmado para aparecer em "Homem-Aranha: Sem Volta para Casa", que deve ser lançado em dezembro. Os fãs foram rápidos ao criar teorias que afirmam que todos os filmes já feitos do aracnídeo vão convergir nas telas, com diferentes versões de um mesmo personagem contracenando.

"Isso sempre fez parte do apelo da Marvel, então é divertido ver que o MCU finalmente chegou a um ponto em que é possível incluir isso", diz Bryan Andrews, diretor dos episódios de "What If...?", sobre a possibilidade de vermos realidades paralelas se cruzando nos filmes e séries da companhia.

De fato, nos quadrinhos, é comum haver diferentes versões para um mesmo herói, e em várias ocasiões linhas narrativas diferentes se encontraram nas páginas. Já nas telas, as teias do Homem-Aranha não foram as únicas que deixaram rastros desses planos ambiciosos.

Desde que comprou a Fox em 2017, a Disney tem à disposição uma série de personagens da Marvel com direitos que antes pertenciam ao estúdio rival - e que, portanto, não podiam aparecer no MCU. Eles são, notavelmente, os membros do Quarteto Fantástico, que estão na fila para ganhar um novo filme, e os X-Men.

Hugh Jackman, nesta semana, já deu uma resposta definitiva de que não voltará ao papel de Wolverine nos cinemas. Mas ele andou publicando fotos ao lado de Kevin Feige, produtor e arquiteto do MCU, não fechando totalmente a porta para participações especiais. Dessa forma, é possível que diferentes versões do mutante com garras metálicas se encon trem no futuro.

Essa ideia de que um mesmo personagem pode se multiplicar e habitar diferentes narrativas se tornou um pouco mais concreta no mês passado, com o fim da série "Loki", também do Disney+. Nela, descobrimos que há um guardião supervisionando todo o universo no qual os filmes da Marvel são ambientados, garantindo que linhas do tempo alternativas não sejam criadas.

O criador da série, curiosamente, é ainda o roteirista de "Doctor Strange in the Multiverse of Madness" -algo como Doutor Estranho no multiverso da loucura-, previsto para estrear no ano que vem. Ele também é responsável por assegurar o bom funcionamento da nossa realidade, o herói de Benedict Cumberbatch tem poder suficiente para ramificar as histórias do MCU que acompanhamos há alguns anos.

Para Bryan Andrews "o amor que nós temos por esses personagens e a vontade de ver no que eles vão se meter nos motiva a retornar para essas histórias", diz sobre os personagens que tivemos que nos despedir.

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