Artigo

Francisco Moreno: Nova estrada

Por Redação |
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Os Bispos encerraram o Sínodo Pan-amazônico, decidindo novos rumos para a Igreja nos 9 países que ela compreende. O documento final, firmou compromissos, chamando os capítulos de Novas estradas.

Uma delas, surge inaudita: a Conversão Ecológica. Conversão é uma virada radical. O próprio sinal de trânsito se chama conversão obrigatória. Sim! Você pode optar em seguir adiante: mas vai quebrar a cara! No percurso da vida, somos chamados a fazer várias conversões. Diante de "uma crise social e ambiental sem precedentes", o Sínodo apela a uma Igreja amazônica capaz de promover uma ecologia integral e uma conversão ecológica segundo a qual "tudo está intimamente conectado".

E, conscientização só não basta; é preciso ter atitudes que defendem o ar, o solo, o clima, a água, os animais. Pode ter certeza, que aquele piedoso cristão, amante da Paz, que não falta aos cultos, ser ao mesmo tempo um assassino, caso seja ele por exemplo, uma pessoa que derrubou árvores. Explicamos: daqui a 50 anos, pessoas irão sofrer e morrer por conta do desmatamento de hoje. Esta é a concepção a ser entendida de agora em diante. Mas, a coisa é mais embaixo, se considerarmos que o governo é também corresponsável, torna-se coautor deste crime, principalmente por ter poderes para evitar e, nada o faz. Pior! Governantes são escolhidos (eleição) por pessoas que dão este poder para o representarem. Seremos coniventes, se não gritarmos, exigirmos e denunciar.

Esta responsabilidade Ambiental se estabelece em tudo, pois tudo está interligado. Lá na Sibéria a mais de 20 mil quilômetros o derretimento do gelo está liberando gás metano na atmosfera. Que é 20 vezes mais nocivo para a camada de ozônio do que o gás carbônico (CO²). Voluntários correm contra o tempo. Tudo isso por conta do aquecimento do planeta. Queimadas, desmatamento e emissão de gás carbônico, são os culpados.

Tanto é que, implicou, na definição do pecado ecológico. Que é a "ação ou omissão contra Deus, contra o próximo, a comunidade, o meio ambiente", e contra as futuras gerações. Só que a Igreja não é ameaçadora, e nem prega o terror, sugere muitas maneiras para não o cometer este pecado. E a própria Igreja, impôs a si mesma, para promover ações junto com a comunidade internacional e criar ministérios para o cuidado da casa comum.

O Sínodo alerta para a necessidade de desenvolver políticas energéticas que reduzam as emissões de dióxido de carbono (CO2) e de outros gases ligados à mudança climática, promove as energias limpas e chama a atenção para o acesso à água potável, ao direito humano básico e condições para o exercício de outros direitos humanos. Proteger a terra significa incentivar a reutilização e a reciclagem, reduzir o uso de combustíveis fósseis e plásticos, mudar hábitos alimentares como o consumo excessivo de carne e peixe, adotar estilos de vida sóbrios e plantar árvores. Haverá na Igreja, Ministérios Ecológicos e, nova abordagem catequética. Amazônia não será só castanha do Pará. Amazônia é tanto aqui como lá.

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