O orgulho carrega com ele uma carga de sentimentos, que podem levar uma pessoa a tomar atitudes e assumir comportamentos reprováveis sob todos os pontos de vista, sejam eles morais, éticos ou dos princípios básicos de qualquer escala de valores.
Falta de humildade, egoísmo, egocentrismo, prepotência, são alguns exemplos do que o orgulho pode proporcionar aos que dele se valem, e, propositadamente redundando, orgulham-se de sê-lo.
Para que você possa ter uma ideia do poder avassalador deste sentimento, que normalmente se confunde com falha de caráter, dependendo da posição profissional, social ou familiar, pode levar a desastres, óbitos, injustiças sociais e a dissolução de lares.
Como exemplo profissional pode-se destacar a atitude de orgulho desmedido, acrescido de teimosia e prepotência por parte de um médico, que pode levar a um desfecho fatal, ao não admitir um erro de diagnóstico e sustentá-lo, mesmo quando alertado da possibilidade ou hipótese do engano.
Socialmente falando, temos aí as divisões e subdivisões de classes que definem as posições dos indivíduos em sociedade, escalonada do mais alto ao mais baixo patamar, privilegiando sempre os mais abastados em detrimento dos menos aventurados, onde a
Justiça com a mais absoluta com fidelidade funciona e age de acordo com a posição social que cada um ocupa, ou seja, não é igual para todos. A corda sempre arrebenta do lado mais fraco, a culpa é sempre do “Zé”!
No âmbito familiar tal questão se torna mais complexa na medida em que a competição e a busca do “Ter Razão” se acirra. A arrogância e prepotência dos membros que estão melhor de vida ou ocupando uma posição de destaque na sociedade e/ou meio profissional, atingem níveis insuportáveis de convívio, provocando desentendimentos, humilhações e toda uma sequência de fatos e consequências desagregadores, portadores da semente daninha da desunião familiar.
Na gastronomia, principalmente dentro da cozinha, pode-se encontrar ao mesmo tempo prepotência, teimosia, injustiça e pelo menos um “dono da razão, o bastante para tornar o ambiente pesado, carregado, dividido e repleto de desavenças, levando a um alto risco de comprometimento do produto final.
Assim era na cozinha comandada pelo Chef Trogloditte (que apesar de não merecer, mas, apenas por uma questão de ética, vou preservar verdadeiro nome deste profissional), sempre aos berros, humilhando, menosprezando e até fazendo uso de violência para com seus comandados, uma tradução perfeita do Chef Tirano .
Um belo dia, enquanto sua equipe executava o cardápio para um jantar de formatura de dos formandos de uma renomada faculdade de medicina, Trogoloditte como de costume, circulava por todos os cantos e setores da cozinha, atitude que seria perfeitamente normal, se não fosse o fato de fazê-lo criticando, xingando, humilhando e dando pitacos, quase sempre desnecessários, em tudo o quê cada um estava fazendo.
Orgulhoso da sua posição de destaque no meio gastronômico mundial, merecida graças ao seu talento incontestável como cozinheiro, o que lhe fez subir a cabeça e revelar traços medonhos do seu caráter, carregava a soberba no olhar, até nos passos deixava transparecer a prepotência, que se intensificava quando dava seus palpites, e por esta razão, na maioria das vezes completamente infelizes, e, foi do alto deste “pedestal” em que o colocaram e de onde decidiu não mais descer, que após mais uma atitude intempestiva depois provar a base de um creme que a sua Chef Saucier estava incumbida de preparar, o reprovou e sem nem mesmo questionar a executora arremessou a panela com o conteúdo em alta temperatura contra uma das paredes, espalhando-o por todos os lados, vindo a atingir vários membros da brigada, que já cansados de tais reações imediatamente abandonaram as dependências da cozinha, deixando tudo do jeito que estava para trás, restando apenas 2 horas para o início do evento.
Trogloditte, entre perplexo e enlouquecido, não se fez de rogado, ligou e acionou dois amigos cozinheiros de longa data que vieram em seu socorro, arregaçou as mangas do
Dolmã e encarou o fogão e as panelas como há muito não fazia, conseguindo finalizar todos os preparos e servir o jantar no horário determinado em contrato.
Após servir o jantar sob aplausos e muitos elogios, sentou-se em uma das mesas e convidou seus amigos para degustar uma taça de vinho e na chamada do brinde disse: de lado e disse: ”Eu morro teso e seco, mas, mas não perco a pose, meus amigos!”.
Porém, o final desta vez não foi feliz para o Chef Tirano, pois, foi processado criminalmente pelo seu destempero, acusado de lesão corporal e tentativa homicídio, assédio moral, abuso de poder , calúnia e injúria.
Rendeu-lhe algumas indenizações, serviços comunitários e doação de cestas básicas, tendo como consequência o fechamento do seu Buffet e do Restaurante que já não vinha muito bem das pernas devido a sua péssima administração baseada na sua prepotência e teimosia.
E depois de tudo isso pensa que ele mudou? Nadinha, nadinha, continua o mesmo arrogante, grosso, prepotente, mal educado e fazendo um tremendo sucesso na TV.
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