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Imanência - Por Francisco Moreno

Por Redação |
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Antes, da cidade de Marilia existir, bem ali na nascente do Ribeirão do Pombo, próximo, onde fica hoje um terminal de ônibus, uma aldeia inteira foi dizimada, em minutos, por Bugreiros. Já nos contava isso, Monsenhor Santamaria, antes de publicar. () Botucatu, naquela época, era porteira de sertão. O oeste paulista era visto nos mapas como “terrenos despovoados” ou “terras desconhecidas”. Aventureiros e Grileiros, entendiam que devolutas (do Estado), significavam: abandonadas, de ninguém. Havia sim muitos índios Caingangues, Oitis, Chavantes e violentos Coroados. Entre os anos de 1850 a 1875, a área entre Agudos, e Ourinhos, seguindo a oeste, até o Rio Paraná, toda esta vasta região incluindo a bacia do Rio do Peixe, era de um só dono: José Theodoro de Souza. Tinha ele a “posse” legalizada e registrada através de um artifício na brecha da lei da época. Este “dono”, sediado em Campos Novos Paulista, passa a vender, títulos de propriedade de imensas glebas para alguns “colonizadores”. Mas, antes tinham que mandar um grupo de homens, os “Dadas”, munidos de carabinas, expulsando os nativos. Nas aldeias com muitos guerreiros, os Bugreiros sabendo dos costumes, deixavam aguardente disponível, para que os índios se embriagassem durante os festejos. Formavam depois um cerco estratégico, e antes do sol nascer, davam um sinal e exterminavam um por um, com tiro certeiro! E depois com facões, as mulheres e crianças. Assim foi no Ribeirão do Pombo, e em outros lugares. Tombaram juntos, os índios e a Mata Atlântica. Resta hoje, poucos parques protegidos. Acontecimentos atuais, se repetem na Amazônia. E nisto, o Papa Francisco, afirma que: “o homem não pode permanecer um espectador indiferente diante dessa destruição, nem a Igreja”…. “Por favor”, diz ele, “não esqueçam que justiça social e ecologia estão profundamente interligadas". () Florentino Santamaria, “V. Cruz foi assim”, Ed. Pastoral, p.21 e 22. –
Francisco Moreno é voluntário ambiental

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