SAÚDE

Parkinson: pesquisa aponta dois fatores de risco evitáveis

Por Da Redação | Jornal de Piracicaba |
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Depressão e ansiedade, frequentemente são negligenciados no diagnóstico do Parkinson, destaca estudo.
Depressão e ansiedade, frequentemente são negligenciados no diagnóstico do Parkinson, destaca estudo.

Pesquisadores recentes descobriram que a doença de Parkinson pode ser parcialmente evitada ao modificar dois fatores de risco importantes. Embora a genética e a idade ainda desempenhem um papel significativo no desenvolvimento da doença, aspectos ambientais podem ser controlados para reduzir as chances de diagnóstico.

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O estudo identificou dois fatores principais que aumentam o risco de Parkinson: lesões repetidas na cabeça e a exposição a substâncias químicas, como herbicidas e pesticidas. Esses fatores estão relacionados a até um terço dos casos diagnosticados entre homens e até 25% entre mulheres.

Lesões repetidas na cabeça, particularmente em esportes de contato, como o futebol americano, são apontadas como uma das causas mais significativas para o agravamento do Parkinson. Além disso, a exposição constante a produtos químicos, como agrotóxicos, é considerada uma das principais causas ambientais da doença.

Esses resultados são alarmantes, pois indicam que a alteração de fatores de risco controláveis poderia ter um grande impacto na redução da incidência de Parkinson, especialmente em áreas onde esses comportamentos e exposições são mais prevalentes.

Principal autora do estudo, a professora Haydeh Payami destacou que a correlação entre lesões na cabeça e Parkinson é uma descoberta importante que exige mais pesquisa. No entanto, ela enfatizou que a eliminação de substâncias químicas tóxicas e a reformulação de esportes de contato poderiam diminuir substancialmente os casos da doença. "Nossa pesquisa sugere que reduzir esses riscos pode evitar muitos casos", afirmou Payami.

Embora os fatores genéticos e a idade não possam ser alterados, o estudo indica que fatores ambientais como lesões na cabeça e exposição a agrotóxicos são controláveis. Isso abre caminho para políticas públicas e mudanças nos hábitos de vida que poderiam contribuir para a prevenção do Parkinson. No entanto, os cientistas alertam que, embora a redução desses fatores possa diminuir o número de casos diagnosticados, não garantirá a erradicação da doença.

Além disso, os pesquisadores apontam que sintomas emocionais, como depressão e ansiedade, frequentemente são negligenciados no diagnóstico do Parkinson. Embora a doença seja mais conhecida por seus efeitos motores, esses distúrbios emocionais afetam uma grande parte dos pacientes. Profissionais de saúde destacam a importância do diagnóstico precoce e de um tratamento adequado para melhorar a qualidade de vida e o bem-estar dos pacientes.

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