RISCOS

Vítima de deepfake, Luiza Helena Trajano diz que IA é boa e perigosa

Para Luiza Helena Trajano, presidente do conselho de administração do Magazine Luiza, a atual febre de IA (inteligência artificial) é positiva e, ao mesmo tempo, perigosa.

Por Artur Búrigo | 17/04/2024 | Tempo de leitura: 2 min
da Folhapress

Divulgação/Web Summit Rio

Luiza Trajano durante participação no Web Summit Rio 2024
Luiza Trajano durante participação no Web Summit Rio 2024

Para Luiza Helena Trajano, presidente do conselho de administração do Magazine Luiza, a atual febre de IA (inteligência artificial) é positiva e, ao mesmo tempo, perigosa. Ela afirma que a tecnologia pode facilitar a criação de conteúdo de texto e imagem, mas também pode ser usada de forma prejudicial.

"A IA é boa e perigosa. Esses dias colocaram a minha imagem com a minha voz [em um deepfake] falando que eu estava dando prêmio em todas as lojas. [A ferramenta] Tem um lado muito positivo, que realmente vai facilitar, e tem o lado que nem todo conteúdo está tão bom assim e que as pessoas levam a sério", disse Trajano.

A empresária também opinou sobre o impacto da tecnologia sobre os trabalhadores e as empresas, que têm de adaptar a forma como operam.

"O físico não vai acabar, mas tem que mudar o jeito de serviço. Em relação a emprego, quando a gente não tem mais caixa no Magazine Luiza, acabou o emprego? Em compensação temos estoquista, que entrega produto e [o trabalhador] muda de lugar", disse Trajano.

Ela discutiu os efeitos da IA na cultura digital brasileira em painel no Web Summit Rio, ao lado de Mate Pencz, cofundador e CEO da startup imobiliária Loft, e Rodrigo Marques, diretor de estratégia da Claro Brasil.

Pencz disse estar otimista com a adoção da nova tecnologia, apesar de demonstrar cautela com a velocidade das transformações provocadas por ela.

"A IA gera uma capacidade de processar dados em alta escala por uma fração do custo que tínhamos antes. Não tem área em que a gente não consegue se beneficiar em termos de custo e receita, de viabilizar novos produtos" afirmou o CEO da Loft.

Na Claro, a IA generativa é utilizada para três propósitos, de acordo com o diretor de estratégia da companhia: melhorar a experiência do cliente, criação de novos negócios e melhora da produtividade da companhia.

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