ARTIGO

Inteligência Emocional ou Gestão das Emoções?

Por Júnior Ometto |
| Tempo de leitura: 3 min

Quando alguém te ofende, te rejeita, critica, trai ou decepciona, como você se sente? Como reage? Quais são as consequências?

Observar a mente humana sob a perspectiva da psiquê, faz toda a diferença. Mas, enfim, Inteligência Emocional tem a ver com Gestão das Emoções? E qual a interferência disso em nossa qualidade de vida e em nossos resultados?

Inteligência Emocional tem a ver com as competências comportamentais que tanto necessitamos para a qualidade de nossa vida relacional, pessoal e profissional: resiliência, segurança, flexibilidade, relacionamento, empatia, negociação, comunicação, liderança, autodomínio, autoconfiança, autocontrole, motivação. Portanto, ela é fundamental em nossas vidas. Entretanto, esse processo fica vulnerável e sem alicerce se nós não entendermos os bastidores dele: as emoções. Aprender competências comportamentais, portanto, pressupõe uma investigação detalhada da história psíquica do indivíduo e de como o “eu” está protagonizando sua história. Aí começamos a entrar no mundo da “Gestão das Emoções”.

Emoções regulam nossa realidade e a forma como interagimos com o mundo. Desde que nascemos, somos direcionados a nos blindar de sofrimentos e derrotas, evitando ou minimizando (de forma direta ou não) nossas emoções. Entretanto, o grande problema é que, depois de adultos continuamos assim, uma vez que fomos erroneamente “treinados”. E é daí que nascem vilãs como a autossabotagem e as armadilhas emocionais.

Ao contrário do que muitos pensam, somos, sim, capazes de transformar nossas vidas, em qualquer segmento! O que falta, muitas vezes, é a coragem de dizer não às migalhas, enganos e conflitos que “recebemos” da mente, que nos “manda” viver uma vida menor ou diferente daquela que merecemos. Não somos educados para a emoção, não nos protegemos delas e isto tem sido o motivo principal do insucesso, das derrotas e da infelicidade da maioria das pessoas.

Colocamos expectativas exageradas nos outros e quando eles fazem algo que nos machuca, ficamos magoados, ou seja, nosso eu se rende às emoções, sem racionalizá-las ou gerenciá-las. Aí trocamos, vamos em busca de novos horizontes, novas esposas, novos maridos, novas atividades, novos cenários. Nos comparamos com outras pessoas e adoecemos por isso nas redes sociais, em função de tantas “vidas editadas”. Vamos cobrindo buracos de nossa existência com outros buracos, acumulando empregos, namorados, maridos, esposas, dinheiro, bens, solidão, diversões, etc. A troca e o descartável são os nomes do momento e não é a troca, o término, a mudança irracional ou o acúmulo que sacia, que resolve, mas o entendimento e a interação consigo mesmo - oriunda do autoconhecimento - que gera o prazer inigualável da superação, da motivação, do sentido e do propósito.

Se você tem sentimentos de medo, angústia ou solidão; dificuldades em lidar com negativas, frustrações ou em dizer não; se acorda cansado, tem dores ou problemas físicos de origem emocional; se sua empresa não alcança os resultados planejados ou há problemas de liderança; se você não consegue dinamizar suas relações interpessoais ou afetivas; não controla a raiva ou outras emoções; se sofre com as consequências da depressão, stress, ansiedade, traumas; se o pessimismo te comanda, se o sucesso e a felicidade parecem coisas inatingíveis, está na hora de dar um passo decisivo para transformar sua vida, de forma prática e inteligente e, se tem dificuldades para conseguir esta transformação sozinho, busque ajuda.

“É necessário caminhar muito além da Inteligência Emocional para que o nosso eu, de fato, aprenda a gerir o mais complexo de todos os mundos: a mente humana”. (Augusto Cury).

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