Por Júnior Ometto
“Nenhum de nós é tão inteligente quanto todos nós”. (Ken Blanchard)
O título do artigo de hoje traz duas competências que mais serão faladas daqui para frente no mundo corporativo. E não é para menos, pois, num cenário cada vez mais individualista, tecnológico e competitivo, aplicar a mentalidade da cooperação e da colaboração e, ao mesmo tempo, ter colaboradores que tomem iniciativa e sejam audaciosos nas propostas de ideias e no enfrentamento de desafios, é o que mais as empresas modernas estão buscando.
Por outro lado, essas duas competências são fundamentais para que o colaborador cresça profissionalmente e também como pessoa. Com a pandemia, o home office acelerou uma melhor organização do tempo, da rotina e dos processos, para a garantia de um bom desempenho e isso fortaleceu o conceito já existente de autogestão. Muitas casas viraram espaço de trabalho e, então, muitos profissionais viraram seus próprios gestores. E agora? Autogestão não se adquire de uma hora para outra, ou apenas através de um “comando”. É preciso que seja ensinada, treinada e, muito importante: precisa de um cenário colaborativo e um contexto favorável. Empresas muito ligadas ao controle ou ao microgerenciamento, precisarão mudar suas posturas. Paradoxalmente, então, entra em cena a inteligência colaborativa e, como na frase inicial deste artigo, nos convida a refletir sobre a importância da potencialização do todo.
Desde o início da humanidade, o ser humano mostrou que o trabalho em equipe é a melhor estratégia, aliás, não estaríamos aqui hoje se isso não fosse verdade. Nossos ancestrais lutaram bravamente pela sobrevivência (e eram minoria) para termos a vida que temos hoje. Costumo dizer que Einstein, uma das pessoas mais inteligentes que passaram por este planeta, vivendo naquela época não conseguiria nada com sua inteligência, se estivesse sozinho.
Por esses motivos, a inteligência colaborativa pode oferecer uma verdadeira transformação no clima organizacional, pois, nela, todos podem compartilhar ideias, sugestões, outras maneiras de se fazer as coisas tendo, ao mesmo tempo, o bem comum como objetivo final, ou seja, todos pensando e trabalhando pelos mesmos objetivos e metas.
É lógico que, aplicar e desenvolver a autogestão e a inteligência colaborativa não é tarefa das mais fáceis, mas listo aqui algumas dicas iniciais:
• Investir na coletividade: Autonomia não tem a ver com individualismo. Você pode ter suas atividades, mas precisa entender em quais dessas atividades outras pessoas precisam ser envolvidas, procuradas. Auto gerenciamento não é dar conta de tudo sozinho e sim entender a relação entre o que você precisa fazer e os resultados da Organização como um todo.
• Aprender e aplicar a Inteligência Emocional: tanto para a autogestão como para a inteligência colaborativa, os egos muitas vezes são os maiores inimigos e isso é a principal ferida nestes e outros modelos organizacionais. Outro ponto importante é que aplicar estas competências requer alto grau de maturidade dos colaboradores, seja em qualquer esfera.
• Expandir a visão: é preciso ter uma visão mais contextual da organização, as atividades individuais precisam ter conexão com o todo, e para isso, saber o quanto mais puder da empresa é fundamental, pois, a partir daí se consegue medir consequências e impactos, não só no seu departamento, mas nos outros também, num alinhamento com os objetivos gerais da Empresa.
Há muitas ferramentas para implantar essas competências, que só trazem melhorias e produtividade às empresas e que estão ao alcance delas. Portanto, é fundamental que líderes “comprem essa ideia” e compreendam a importância desse tema.
“Os problemas que enfrentamos não podem ser resolvidos com o mesmo nível de pensamento que tínhamos quando os criamos.” (Albert Einstein)
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