Por Júnior Ometto
Você já parou para pensar se é feliz ou, então, o que é ser feliz? Acha que já tem um certo domínio sobre esse assunto? De qualquer forma, te convido a refletir sobre um pensamento do filósofo Friedrich Nietzsche: “As convicções são inimigas mais perigosas da verdade do que as mentiras”.
É preciso reforçar aqui que pessoas felizes, antes de mais nada, têm excelente saúde emocional, que saúde não significa ausência de doenças e que pessoas felizes “entendem” de felicidade. Sim! Para ser feliz é preciso, antes de tudo, saber o que é ser feliz; estudar felicidade. Quero contribuir hoje com uma parte muito importante desse estudo.
A neurociência, um dos campos que se dedica ao entendimento da felicidade, acredita que ela é uma habilidade que pode ser aprendida. Ela está diretamente ligada à nossa capacidade de controlar nossa mente e gerenciar nossos comportamentos, a partir do conhecimento de nossas emoções, mas que, também, é um estado físico desencadeado por reações químicas, portanto, compartilho hoje com vocês as funções de um quarteto incrível, que, infelizmente, os recebemos gratuitamente, mas, mesmo assim, não damos a devida importância.
A felicidade produz inúmeros efeitos em nosso corpo, ativando, naturalmente, através do cérebro, um grupo de quatro super especiais neurotransmissores: dopamina, serotonina, oxitocina e endorfina, também chamados de “os responsáveis pela nossa felicidade”. Você os conhece a fundo? Sentir-se bem transforma nossa motivação, nosso bem-estar e nossa produtividade, em todas as áreas da vida. É isso que você procura? Então, não fique na plateia! Conheça cada um deles e assuma (de maneira simples e natural), o controle desses poderosos neuroquímicos. Trata-se de um assunto que demanda muito mais conteúdo do que um só artigo permite, mas passo aqui algumas informações e dicas que considero importantes neste primeiro momento. Vamos lá!
A “dopamina” nos ajuda a atingir objetivos e agir com entusiasmo. Quanto mais dopamina, mais entusiasmo! Dica: não comemore apenas grandes resultados. Estabeleça metas aos seus objetivos e aprecie cada vitória, mesmo que pequena. Essa é uma das maneiras de aumentar a produção de dopamina!
A “serotonina” aparece quando nos sentimos importantes. Solidão e depressão são suas inimigas. Dica: seja mais positivo, reviva conquistas importantes, pois o cérebro não distingue o real do imaginado. Faça exercícios físicos, reduza o consumo de açúcar, cuide bem do sono e da alimentação em geral.
A “ocitocina” é ligada à intimidade e ao relacionamento afetivo. Ela é essencial para a criação de laços fortes e para o desenvolvimento das interações sociais. Melhora as relações sociais, colabora na diminuição da depressão, da ansiedade e aumenta o desempenho sexual, atuando com a testosterona no sexo masculino e com a progesterona, no sexo feminino. Dica: abraçar alguém é um forte produtor de ocitocina!
“Endorfinas” são liberadas em situações de stress ou dor e também aliviam a ansiedade e a depressão. Trata-se de um “analgésico”. Praticar exercícios físicos e rir aumenta a produção de endorfina.
Alimentos também podem colaborar nestes processos, porém, nessas dicas dadas acima ou em quaisquer situações, é necessária a orientação ou o encaminhamento prévio de um Profissional da Saúde, sempre.
Veja que nosso corpo pode produzir e colaborar com nossa felicidade, mas precisamos ter atitude e não deixar apenas que o destino cuide disso. Não espere mais; colabore com a construção da sua felicidade!
“O nosso cérebro é o melhor brinquedo já criado: nele se encontram todos os segredos, inclusive o da felicidade.” (Charles Chaplin)
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