Castigo ou consequência?

Por Francisco Ometto |
| Tempo de leitura: 3 min

"Antes de curar alguém, pergunta-lhe se está disposto a desistir das coisas que o fizeram adoecer." (Hipócrates).
 
Num mundo que oferece (ilusoriamente) o imediatismo, fica cada vez mais difícil para o ser humano, "atropelado" por perigosas facilidades, encontrar seu verdadeiro caminho e, por isso, vai adoecendo. São muitos os gatilhos: falta de propósito de vida, descontentamento com o rumo que a vida profissional ou pessoal está tomando, dificuldades em relacionamentos afetivos ou interpessoais, experiências psíquicas, saúde, além de outros conflitos internos não resolvidos.
 
Estando nesse cenário, é hora de entender que absolutamente nada na sua vida vai mudar sem que você queira realmente abandonar tudo o que te "empurra" para estes caminhos opostos à sua essência e, ao mesmo tempo, tome atitudes concretas e perseverantes para alterar essa rota nociva. Mas vou além: não se trata de um passe de mágica! É um processo, que demanda tempo, empenho, dedicação e perseverança. Entretanto, muitos preferem utilizar recursos de "fuga", na verdade autoenganam-se, dando "desculpas" para não assumir o que precisa ser feito. Sugiro, então, uma pergunta reflexiva: por que continuar com os desconfortos e com a vida dessa forma? O tempo não espera ninguém e ninguém muda você, a não ser você mesmo.
 
Seu desejo é uma vida na "média", igual à maioria, ou acima da média, igual a minoria? Dou aqui algumas dicas poderosas para que você se junte à minoria: 1) Aceite que esta vida terrena é passageira e você vai deixá-la. 2) Se alguém conseguiu, você também pode conseguir. 3) Não gaste tempo nem energia no que realmente não te faz feliz. 4) Tome suas próprias decisões. 5) Sua cura e o que você precisa já estão dentro de você. O autoconhecimento proporciona esta descoberta. 6) Fuja de pessoas negativas, fofoqueiras, vazias ou que não colaborem com seu crescimento. 7) Ame tudo o que você faz e tem e não seja escravo de nada.
 
Ao mesmo tempo em que oferece "soluções fáceis", o mundo está exigindo cada vez mais de todos nós. Somos cobrados para ser os melhores em tudo, ter muito e essa dinâmica, para quem adere, é estressante, deprimente e destruidora. Somado a isso, muitas pessoas realmente estão “aprisionadas” nelas mesmas, dando total liberdade para a mente (de forma inconsciente) utilizar ferramentas sabotadoras, crenças limitantes e/ou construções emocionais doentias que, como âncoras, freiam as possibilidades de realização e qualidade de vida, trazendo sofrimento, angústia, descontrole emocional, transtornos e doenças, das mais simples às mais complexas. Nas sessões de terapia, tudo isso é desconstruído através de uma viagem ao interior, onde os “olhos” do paciente vão se abrindo e, então, as ferramentas sabotadoras vão sendo eliminadas. E isso não é fácil, não é simples, não é rápido, mas é totalmente possível, com atitude, trabalho e perseverança.
 
O que a vida fez com você até aqui ou o que você fez com ela, não alterou sua essência! O segredo é redescobrir-se, continuando, de forma eficaz, sua construção. É isso que cura, liberta, abre portas, aumenta o campo de visão. É só em você, dentro de você, que estão as soluções para os seus problemas e desconfortos.
 
"Eu não entendo porque as pessoas buscam a infelicidade e quando a encontram se surpreendem". (Freud, em 1939, pouco antes de morrer).
 
Castigo ou consequência?

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