Qual galho te sabota?

Por Francisco Ometto |
| Tempo de leitura: 3 min

“Do mesmo modo que aquele que fere ao outro fere a si próprio, aquele que cura, cura a si mesmo”. (C. G. Jung)
Como essa frase é real! A explicação é bem simples e tem nome: consequência. Note que não se trata de castigo… Ferindo alguém, em atos ou pensamentos, estamos igualmente nos ferindo e prejudicando, pois estamos pegando o caminho inverso da essência que fomos criados. Todos nós estamos vendo isso claramente no desenrolar da vida aqui na Terra, porque, infelizmente, a maioria insiste nessa inversão, nessa falta de sintonia com o Universo, que é a principal causa da maioria dos problemas e doenças emocionais/físicas.
E o apelo da frase de Jung é justamente para que você se livre do maior obstáculo que prende as pessoas atualmente e age sem respeitar classe social, idade, crença, enfim, ataca todo ser humano, limitando, ofuscando a visão, prendendo e alienando, na raiz.
Trago aqui uma história que nos ajuda a entender melhor o sábio ensinamento de hoje.
Um Rei recebeu dois lindos pássaros de presente e entregou para serem treinados. Algum tempo depois, recebeu a informação de que somente um conseguira alçar voo. O outro não havia saído do seu galho desde o dia que tinha chegado ali.
O rei então fez de tudo… chamou os curandeiros e feiticeiros de toda a região e nada! Após tentar tudo, o rei decidiu chamar alguém mais familiarizado com a vida no campo para compreender a natureza do problema. Então ele gritou para a sua corte: "Encontrem um fazendeiro!”
No dia seguinte o Rei se emocionou vendo o pássaro em pleno voo. Ele disse à sua corte: "Tragam-me a pessoa que fez esse milagre”.
A corte rapidamente trouxe o fazendeiro para o Rei, que lhe perguntou: "Como você o fez voar?"
Com a cabeça baixa, o fazendeiro disse: "Foi muito fácil, Sua Alteza. Eu simplesmente cortei o galho onde o pássaro estava sentado!"
Caro leitor, que sua meta seja, a partir de agora, tirar o galho onde você está sentado…
O galho de não acreditar ou perseguir os seus sonhos sem dúvidas ou medos.
O galho de não querer entrar na segunda milha!
O galho de não saber enxergar o bem que você faz a você mesmo, ao outro e ao mundo quando exerce a gratidão!
Os galhos de nossos sabotadores, como a negação de nossos defeitos, o medo da rejeição, do comprometimento, do fracasso, do sucesso, o galho das obsessões, dos traumas… O galho de achar que o que você pode fazer hoje dá para esperar… Será que vai dar tempo de fazer depois? O tempo (agora) é a única coisa que realmente temos. Todo o resto não é nosso e vamos devolver a “qualquer” momento.
Galhos…
Dentro de cada problema sempre há uma oportunidade de melhoria ou solução e é exatamente aí que as coisas passam a valer a pena. Não fuja. Não tenha medo de voltar atrás. Não tenha medo de buscar ajuda.
Fuja sim do que aprisiona o seu próprio pensamento, muitas vezes sem você mesmo perceber…
Com comprometimento e esforço, você pode tornar realidade o que imagina.
Trabalhe a seu favor!
A sincronia de Jung só vai acontecer quando você se curar e, então, curar o outro. Aí se prepare, pois, a partir desse momento, você vai se encontrar com a verdadeira liberdade, com a verdadeira felicidade.
Como sabiamente disse Rubem Alves: “Quem não planta jardim por dentro, não planta jardins por fora e nem passeia por eles”.

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