Declaração

Por Marisa Bueloni | 01/09/2021 | Tempo de leitura: 3 min

Declaro, solenemente, que nem tudo está perdido. Por mais enlutados estejam os nossos dias, haverá de brilhar o sol da esperança e da justiça. Não podemos perder nossa fé, jamais! Ela é o nosso farol, o nosso guia na noite escura e trágica. A fé move montanhas, eu creio nisso. De todo o meu pobre coração.

Declaro que apesar do pranto, da perda e do lado sombrio da vida, deverá haver alguma alegria ainda, escondida num raio de luar, numa praia distante e deserta, onde uma mulher sonhou um sonho impossível e um homem anunciou palavras de amor. Que o amor mantenha firme a ilusão nos corações! Minha mãe dizia que de ilusão também se vive.

Declaro que o sonho não pode morrer, ou morreremos todos, numa cova funda e triste nos esperando à beira da vida. Não! Longe de nós esta funérea visão do fim. Ainda lutamos pela vida a cada respiração e estar vivo é um presente de Deus. Espera-nos a beleza que ainda veremos face a face. Ela existe, eu já vi.

Declaro que a beleza não morreu, ela está viva e bem conservada, em algum canto para onde nosso olhar se dirija e a descubra. Declaro que o universo todo respira e somos o resultado deste ritmo, desta sincronia, deste impacto tão grande entre Deus e a Criação. O homem habita a face da terra. Haverá grandeza maior que essa?

Declaro abertas todas as janelas e portas, para que por elas passe o vento bom do amor, da temperança, da felicidade, da saúde e da paz. Que todos estejam alerta para não perder este momento de graça. Seja para todos nós uma sinfonia na alma, um acontecimento sobrenatural e arrebatador.

Declaro que não haverá mais tragédias anunciadas, nem catástrofes, nem pandemias, nem acasos, nem fatalidades, nem nada que se perca ou morra de tristeza, de terror. Declaro a presença do bem e da segurança para todos nós, que andamos tão assustados com o movimento dos dias ao nosso redor. Precisamos decretar o fim das mortes e celebrar a alegria de viver.

Declaro sem valor toda sentença de ódio, toda declaração de guerra, toda falta de respeito pelo próximo. Declaro nulas todas as investidas contra a paz, todos os movimentos contra a vida. Esteja Deus, de fato, acima de tudo e de todos, vigiando e governando, no Seu trono de glória, enquanto povos, reinos e nações passam pelo sono dos séculos.

Declaro sem efeito toda ofensa e intolerância. Toda inimizade e toda injúria. Declaro efetivo todo gesto que recupera a união, a concórdia e a harmonia. Esteja o nosso mundo no equilíbrio de todas as coisas, obedecendo à sua ordem natural, onde nada falha e cujo mecanismo é perfeito. Estamos todos em órbita, senhores! Seguindo a estrela Vega.

Declaro que o amor salvará o mundo e a humanidade. Este amor que cura e restaura e nos estimula a dar o melhor de nós, em toda e qualquer situação. O amor tem a chave para tudo e a paciência é outra ferramenta amorosa de grande valor. Sem paciência, não se chega a lugar algum. É ela que nos mantém serenos e afáveis. A paciência também cura e salva!

Declaro que toda pessoa humana possui uma dignidade em si mesma, merecedora de todo respeito. Somos todos iguais, mas uns se julgam mais iguais que os outros. Ninguém é melhor que ninguém neste mundo de meu Deus.

Declaro que a vida é bela. Apesar de tudo.

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