O que falta para Bolsonaro cair?

Por Rubinho Vitti | 17/01/2021 | Tempo de leitura: 4 min

O que está acontecendo no momento no Brasil é mais que urgente, é uma bomba prestes a explodir. Manaus está uma cova aberta, uma carnificina de vítimas da Covid-19. Hospitais lotados, falta de oxigênio, mortes, muitas mortes. Mas no conforto do seu privilégio, você pode estar pensando: "Manaus está longe", não é mesmo? Então vamos focar mais perto.

O interior de São Paulo já tem mais casos de pacientes com coronavírus na primeira quinzena de 2021 que novembro do ano passado inteiro. E a gente achando que o problema era 2020. Tsc… tsc…

Na Folha de quinta-feira, o próprio prefeito Luciano Almeida diz que a situação de Piracicaba está descontrolada. A ocupação de leitos está em alta e é possível que faltem vagas nos hospitais. Aí mesmo, nesta cidade onde estas letras foram impressas.

Aliás, é difícil ler os jornais brasileiros e não ter vontade de chorar ou gritar de desespero. E se você não está sentindo isso, sinto muito, está faltando alma nesse corpinho.

Voltando a Manaus, que estampou as capas de jornais nesta semana, a falta de oxigênio matou uma ala inteira de um hospital. E o que o ministro (ou seria sinistro) da Saúde quer? Aplicar cloroquina! O remédio sem comprovação médica que é uma página virada em todo mundo há muitos meses, menos no Brasil.

E se já é um absurdo ver um ministro da Saúde completamente perdido, atordoado e desiludido, imagina só saber que o próprio presidente parece estar nem aí com a situação.

"Lá vem o Rubinho escrevendo novamente sobre Bolsonaro? Ah vá!". Escrevo, porque não sei desenhar.

Normalizamos o presidente do Brasil sendo um paspalho sem rumo, sem objetivo, com um governo delirante e sem ação. Então não vai ser um ou dois textos aqui que vai mudar isso, mas a gente tenta!

Por isso digo, não é possível que ainda faltam argumentos, provas e "convicções" para que Bolsonaro seja derrubado do poder. N-Ã-O-É-P-O-S-S-Í-V-E-L.

Para começar, ele é o único líder em todo o planeta que não acredita na vacina. Até no país de Trump, seu ídolo-mor, a vacina já foi liberada para milhões. Quer dizer, Bolsonaro aparentemente vai tomar, já que seu cartão de vacinação se tornou segredo de Estado -- por que será? Mas, para seu palanque, a vacina não presta.

A Coronavac, único fio de esperança no momento para os brasileiros, foi aprovada com mais de 50% de eficácia e o que ele fez? Ironizou!

Os cientistas mostram que a Coronavac é a porta de entrada para que a situação comece (eu disse COMECE) a melhorar. Ela não é a cura dos céus! Não é a salvação. Não é obra do Messias. É a primeira de outras vacinas que virão.

E se você leu bem sobre o assunto sabe que quem toma a vacina e pega a doença tem 50% de chance de não ter sintomas. Se tem os sintomas, há 78% de chances de não precisar ir a um hospital. Mas se for a um hospital, a chance de não morrer é de 100%. Entendeu ou eu vou mesmo ter que entrar para um curso de desenho?

Daí vem o bonachão repetente das aulas de Ciências no colegial, no alto de sua cegueira, e usa seus dedinhos para dizer na internet que não vai tomar a vacina porque o presidente disse que não é legal! A ignorância pode ser até uma benção, mas a burrice consciente é a maldição de uma sociedade.

Eu não me lembro de, quando criança, meus pais ou algum pai sequer impedir os filhos de tomar vacina. Vacinação era um evento, uma comunhão com a saúde.

Ser imunizado era motivo para festejar. Saíamos felizes mesmo com o amargo da gotinha na língua ou com o braço dolorido.

Agora, o líder da nação faz piada com a vacina, enquanto uma parte população, hipnotizada, acena e sorri! E outra parte morre, sozinha, num leito lotado de hospital, enquanto a vacina não vem.

Bolsonaro já mostrou que não tem tato para cuidar nem de si. Ele não serve para ser líder de um bairro, de uma comunidade, imagine só de um país? Ele precisa ser tirado de seu posto urgentemente. Enxotado! Já deu o show que tinha que dar.

O circo acabou. Recolha-se na sua insignificância e leve com você a corja de cérebros desorientados que você chama de governo. Adeus!

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