O Brasil nunca esteve tanto acima do peso como agora

Por Rogério Cardoso | 05/11/2020 | Tempo de leitura: 2 min

Um dado que não nos orgulha, e nem um pouco. O numero de pessoas obesas em idade adulta no Brasil mais que dobrou em 17 anos segundo a nova pesquisa divulgada pelo IBGE no segundo volume da Pesquisa Nacional de saúde em parceria com o Ministério da Saúde.

Mas os dados vão além da obesidade e mostram também que há uma grande faixa da população que esta com o IMC, que é o Índice de Massa corporal acima de 30%, o que de acordo com a Organização Mundial da Saúde indica obesidade e já se pode ocasionar problemas de saúde relacionadas a isso. Ou seja, a população brasileira avançou no aumento de peso e a obesidade mais que dobrou no país. Para você que esta lendo meu artigo e quer saber seu IMC basta calcular dividindo o seu peso em kg pela altura ao quadrado em metros. A faixa ideal para adultos é entre 20 a 25.

Já sabemos que a Obesidade é um fator de risco para o Covid-19 como já mencionei em artigos anteriores aqui no JP. Mas além disso, a obesidade pode acarretar problemas metabólicos, cardíacos, estruturais e mecânicos no corpo podendo levar a problemas graves de saúde e até a morte. A pesquisa ainda mostra que 60,3% da população acima dos 18 anos de idade estavam com excesso de peso e isso vai se agravando ate os 60 anos de idade, quando este índice diminui bastante. E há uma predominância de mulheres acima do peso quando comparada aos homens.

Uma coisa importante que a pesquisa mostra é que se o Brasil não tiver políticas públicas de combate aos determinantes da obesidade e excesso de peso, esta realidade não vai ser mudada e com isso o pais passará a gastar milhões em gastos médicos por problemas relacionados a isso.

As principais causas que levam a obesidade são aquelas que o indivíduo tem que escolher para ter uma melhor saúde. Se ele pratica atividade física, se ele se cuida, o que ele escolhe para comer, e por ai vai além de ver se ele tem disponibilidade como na Pirâmide de Maslow onde nossas necessidades básicas são sanadas para poder investir em saúde.

Precisamos mudar o quanto antes, pois rios de dinheiro estão indo embora, para salvar vidas, que poderiam ser salvas com políticas publicas de exercício físico desde a mais tenra infância e matérias nas escolas sobre nutrição e como se alimentar direito. Somente com isso, a médio e longo prazo já mudaríamos esta realidade.

Até a próxima!

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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