A Covid-19 mudou nossos hábitos para o exercício?

Por Rogério Cardoso | 13/10/2020 | Tempo de leitura: 2 min

Sabemos depois de muitas semanas que a atividade física é extremamente recomendada em tempos de Covid-19, mas será que depois de sabermos disso, nossos hábitos mudaram?

Em um recente estudo que saiu no Periódico “Journal of Internet Medical Research” inititulado “Physical Activity Behaviour Before, During and After Covid-19 Restrictions: A Longitudinal Smartphone Tracking Study of 5395 UK Adults” mostrou que a maioria das pessoas tem se exercitado menos do que antes da Pandemia, no entanto, as pessoas na faixa nos 65 anos para cima tem surpreendentemente ficado mais ativas.

A Pandemia da covid-19 alterou todos os aspectos da nossa vida nos últimos 6 meses sejam eles o trabalho, família, educação, humor, expectativas, interações sociais e saúde. No entanto, durante a Pandemia, apesar de as mudanças relacionadas a atividade física terem piorado, muitas pessoas buscaram informações no google sobre como realizar exercício em casa ou durante a Pandemia.

A pesquisa conduzida verificou através de um aplicativo nos celulares o número de passos diários que as pessoas davam durante as semanas de confinamento. Usando dados anônimos de mais de 450 mil pessoas que usaram um aplicativo de monitorização de passos pelo mundo, e fazendo uma correlação com idades, grupo socioeconômico, gênero e outros fatores, mostraram que a média diária de passos em todo o mundo diminuiu em até 27%. Mas a medida que o tempo passava, ele foram comparando os dados semana a semana desde janeiro de 2020 e descobriram sem surpresa que a queda foi mais acentuada entre as pessoas que eram as mais ativas antes da Pandemia e no grupo com menos de 40 anos de idade.

No entanto, com a flexibilização da quarentena, o grupo de pessoas com mais de 65 anos de idade voltaram a se exercitar com mais frequência e excedendo até o número de passos e minutos quando comparados a antes da Pandemia. O resultado ainda é interessante quando mais de 50% do grupo mais velho do estudo tinham acima dos 70 anos de idade. Lógico que as pessoas que baixaram o aplicativo no celular se distingui da grande maioria das pessoas pelo mundo que não usam nenhum tipo de tecnologia.

Esta pesquisa nos diz que mesmo na quarentena e durante a mesma com o uso de uma pequena tecnologia, a monitoração do quanto estamos nos movendo e do que estamos fazendo pode se tornar um importante instrumento para nos dizer se o que estamos realizando de atividade física é o suficiente para a nossa saúde e para a melhora da nossa imunidade. E cada vez mais usaremos a tecnologia para isso!

Estejam prontos! Até a próxima!!!

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do SAMPI

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