
Quatro trechos da Via Dutra no Vale do Paraíba estão entre os 100 mais perigosos em rodovias federais do país, segundo estudo divulgado nesta terça-feira pela CNT (Confederação Nacional do Transporte).
Segundo o levantamento, as áreas na RMVale registraram 27 mortes e 312 acidentes de trânsito no ano passado, respectivamente 56,25% e 51,23% do total de mortes e acidentes no trecho paulista da Via Dutra, que anotou 48 óbitos e 609 acidentes.
Entre os 100 trechos mais perigosos em rodovias federais no país, 9 deles estão no Estado de São Paulo, sendo quatro deles no Vale do Paraíba, o que representa 44,4% do total estadual.
A estatística piora quando se isola a Via Dutra das demais rodovias em São Paulo --também estão na lista das mais perigosas a BR-381 e ainda a Regis Bittencourt, ambas no trecho paulista.
A Dutra concentra seis pontos na porção paulista entre os 100 mais perigosos do país, com quatro deles (67%) passando pelo Vale.
Os 10 quilômetros entre os km 137,3 e 147,3 da Dutra, em São José dos Campos, foram considerados o 14º trecho mais perigoso em rodovia federal do país, com registro de 9 mortes e 127 acidentes no ano passado, taxa de 7,1 óbitos por cada 100 acidentes.
São José também tem o 64º trecho mais perigoso, novamente na Dutra, entre os km 147,3 e 157,3, com 6 mortes e 109 acidentes, taxa de 5,5 mortes em cada 100 ocorrências.
Entre os km 65 e 75 da Dutra, em Aparecida, está o 78º trecho mais perigoso em estrada federal do país, com 6 mortes e 44 acidentes. A taxa é de 13,6 óbitos por acidente, a segunda mais alta da região.
A primeira está no trecho de Caçapava da Dutra, entre os km 117,3 e 127,3, com 6 mortes e 32 acidentes, nada menos do que 18,8 óbitos por cada grupo de 100 acidentes.
OUTRO LADO.
Segundo a concessionária CCR NovaDutra, o estudo da CNT "não leva em conta o volume de tráfego do trecho apresentado, que é considerado um dos principais fatores para análise dos acidentes".
"Nos trechos mencionados, as principais causas de acidente são colisão traseira, engavetamento e colisão lateral, que têm como principal causa a desatenção e a imprudência do motorista", informou.
"Mesmo com o aumento do volume diário médio de tráfego em 90%, desde o início da concessão, os serviços da concessionária contribuíram para a queda no índice de mortalidade em 84%", completou a CCR..