Comportamento

Como superar a dor de ser rejeitado ou 'cancelado'?

Por Marcos Eduardo Carvalho |
| Tempo de leitura: 3 min
Jade Picon tem torcida forte e está se tornando meme no reality show da Globo
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Nesta última semana, a sister Jade Picon foi eliminada da edição 2022 do Big Brother Brasil, após sofrer grande rejeição do público. Tanto é que, no paredão, teve mais de 84% dos votos. Mas, o que leva uma pessoa a ser rejeitada? Para o psicólogo Rafael Ribeiro, de São José dos Campos, existem inúmeras causas, formas e jeitos.

“Desde sempre, existe rejeição, segregação e etc. O que pode levar a uma rejeição são atitudes e comportamentos que vão contra ao que um grupo, tempo ou local tem como importante, em todos os níveis. Por exemplo, uma pessoa vegana seria rejeitada em um grupo de pessoas carnívoras, uma pessoa LGBT pode sofrer rejeição por pessoas héteros e por ai vai. Rejeição é o ato de recusar, do não-aceitar. Mas isso gera outra reflexão importe de empatia com o outro e de aceitar aquele outro da forma que ele se apresenta e é. É claro que nisso tem que existir níveis e tolerâncias, como por exemplo, alguém q comete um crime. Dependendo do contexto, a rejeição dela vem por meio das leis e obviamente, das pessoas”, disse.

Segundo ele, neste caso, um afastamento de tal grupo ou das redes seja o ideal. “Mas isso no meu julgo, me colocando como pessoal que está sofrendo isso. A rejeição é um fator extremamente agressivo e dependendo da forma, eu penso que cuidar da nossa saúde física e mental seja o mais importante”, afirmou.

Para o especialista, a melhor maneira de evitar a rejeição é sempre agir com simpatia e bom senso. “Apesar da rejeição pelo outro acontecer de forma que não temos controle e muitas vezes até injustamente, creio que se formos empáticos conosco mesmos e com o outro e se tivermos bom senso, em ver no outro também como um ser humano que merece respeito, as chances de sofrermos é bem menor. Com isso eu não estou dizendo que não vai acontecer rejeições ou faltas de respeito, mas em compreender isso, mesmo quando ocorra, temos o poder de nos proteger e cuidar do que é de fato importante”, afirmou.

CONDUTA.

Para a também psicóloga Thaís Ribeiro, de São José, essa rejeição está relacionada à conduta de uma pessoa, por conflitos de pensamentos e opiniões ou quando está em desacordo com o que é tolerado socialmente.

“Exemplos abordam racismo, machismo, homofobia, transfobia e outros preconceitos sociais, mas também pode acontecer por motivos como não ter o mesmo gosto, por má interpretação”, disse.

Para ela, após ser cancelada, a pessoa deve procurar entender por qual motivo ocorreu a rejeição ou o cancelamento e ter em mente a mudança de atitude. “Um pedido de desculpa é importante, tanto quanto aprender com a situação para que não se repita”, disse.

Aliás, Thais também endossa a opinião de Ribeiro quando diz que a empatia pode ajudar a evitar uma rejeição.  “Primeiramente, tendo empatia, entender o lugar do outro e que as vivências, significados atribuídos e os sentimentos são diferentes. Não proferindo comentários maldosos, preconceituosos ou tendo posicionamentos extremos. Além disso, é importante eliminar do vocabulário expressões machistas, racistas, homofóbicas, etc. E estar próximo e compreender a diversidade do ser humano, é fundamental”, disse.

“Mas tão importante quanto procurar essas mudanças de comportamento para evitar ser rejeitado ou cancelado, é compreender que todos nós estamos constantemente aprendendo, somos seres errantes e que temos a oportunidade de melhorar. Estejam abertos ao diálogo e ao respeito”, afirmou Thaís.

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