Fran Galvão

Análise de Coloração Pessoal não é Consultoria de Imagem

A coloração pessoal é a etapa responsável por mapear e identificar quais as melhores cores para cada um de nós

Por Fran Galvão, consultora de imagem e estilo | 07/10/2021 | Tempo de leitura: 3 min

Fran Galvão
Fran Galvão

Segundo Coco Chanel “uma mulher precisa de apenas duas coisas na vida: um vestido preto e um homem que a ame”. Apesar de ser fã de Gabrielle e seguir vestindo suas ideias, tenho que discordar, por agora sobre o vestido preto. (pausa dramática pela audácia desta colunista em discordar de Chanel!!)

Esse foi o primeiro mito da moda que precisei derrubar com uma cliente de Consultoria de Imagem essa semana: afinal o tal “todo mundo fica bem de preto” não é verdade! (outra pausa dramática para o susto de muitos de vocês!)

Neste momento você talvez já esteja pensando na sua própria cartela de coloração pessoal, e o que fará com seu guarda-roupas caso descubra que nele não contém as cores da cartela.

É verdade que tanto se fale ultimamente sobre análise de Coloração Pessoal - tendo a ferramenta tomado imensa relevância e se popularizado, gerando uma chuva de cartelas para lá e para cá e muitas dúvidas a respeito.

Mas é preciso entender que ela é apenas uma ferramenta da Consultoria de Imagem – eficiente é verdade – mas é uma parte do conjunto de ferramentas que a Consultoria de Imagem traz e que não pode ser tratada (a análise ou o produto dela, a cartela) como algo mais importante que a própria identidade visual ou os seus desejos em relação a sua imagem.

Tenho observado um certo aprisionamento em relação a cartela pessoal - é um tal de “só uso as cores da minha cartela” - que o resultado de uma análise que tem tudo para ser algo libertador e amplo, se torna algo fechado, restrito e até frustrante.

A coloração pessoal é a etapa responsável por mapear e identificar quais as melhores cores para cada um de nós.

E podemos entender essas “melhores cores” como as definições de tons específicos que vão melhor emoldurar nosso rosto (valorizar a ossatura), harmonizando e ressaltando a coloração natural da pele (cor e textura), olhos, cabelo, dentes, lábios e camuflando manchinhas, olheiras, rugas etc.

Mas o processo vai além, já que as cores podem influenciar nosso humor, nossa percepção das coisas, nossa autoestima, sendo uma ótima aposta para nossa comunicação não verbal.

Da mesma forma que expressamos sensações através delas, como por exemplo: “estou roxo de frio”, “ela ficou vermelha de raiva” e por aí vai, as cores sempre causam impacto! (vale lembrar a enxurrada de tie dye que presenciamos durante a pandemia na tentativa de liberarmos um pouco mais de serotonina)

E é aqui que entra um ponto importantíssimo na análise: envolver a cliente no processo, pois o conceito de beleza é relativo e é estritamente necessário levar em consideração o conceito da própria pessoa (há pessoas que amam sardas e pessoas que não gostam, por exemplo)

Quando isso é feito, os benefícios são imediatos, no visual projetando melhor aparência de acordo com o conceito de beleza da cliente, no emocional aumentando a autoconfiança, e no econômico através de escolhas mais racionais e assertivas.

Imagino que a essa altura você já deve estar querendo saber como funciona a avaliação, certo?

A análise de coloração pessoal é feita usando tecidos com uma cartela de cores específicas que fazem a cor do rosto reagir de formas diferentes, mostrando ou escondendo “defeitinhos”. Quando usamos o tecido que tem as mesmas características da pele da pessoa, ele valoriza e harmoniza todos os seus traços, como se uma luz boa estivesse iluminando o nosso rosto ou estivéssemos maquiadas.

Ah, mas e se minha cor predileta não estiver na minha cartela de coloração pessoal?

Calma!! A cereja do bolo é que a partir do conhecimento da sua cartela você consegue “driblar” e “adaptar” os tons que estiverem fora dela e porventura queira usar por intenção (comunicação da cor) ou gosto.

Inclusive no caso da cor preta, que ousei discordar de Chanel no início do texto e espero que não seja considerado um sacrilégio, mas acredito muito mais que a vida tem a cor que a gente pinta e vale utilizar todas as cores do estojo!

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