Fran Galvão

A ansiedade do guarda-roupa pós-pandemia!

Como Consultora de Imagem, considero esse impasse algo que envolve além das peças que a cliente tem em seu armário

Por Fran Galvão, consultora de Imagem e Estilo | 28/10/2021 | Tempo de leitura: 2 min

Fran Galvão
Fran Galvão

Recentemente fui chamada em uma multinacional que já trabalho desde antes da pandemia para tratarmos um tema que já ganhou nome bonito e internacional, a “post-pandemic wardrobe anxiety” ou em tradução livre, a ansiedade do guarda-roupa pós pandemia.

De um lado temos as empresas que começaram a mapear e a estruturar o modelo de retorno aos escritórios, algumas ensaiando o retorno total, outras parcial (chamado de modelo híbrido) e ainda há aquelas que estão se perguntando quais cargo retornarão e quais não. 

Do outro lado estamos nós, e nossos looks dos últimos 20 meses compostos de moletom, leggings, pijamas estilosos, visual bancada de jornal (só da cintura para cima), alguns quilos a mais, e por que não dizer: não nos reconhecendo mais nas roupas que usávamos, e no nosso guarda-roupa pré pandemia.

Como Consultora de Imagem, considero esse impasse algo que envolve além das peças que a cliente tem em seu armário, mas principalmente a autoimagem, o novo modelo de dia a dia e o quanto a cliente está revendo o seu estilo de vida.

Gosto de colocar às minhas clientes que o dress code ou os códigos de vestimenta estão passando por revisão, assim como nossos hábitos de consumo. E tudo bem olharmos para nosso guarda-roupa profissional de antes da pandemia e não nos reconhecermos atualmente nele. Tudo bem não se imaginar mais em cima de scarpins altíssimos, em roupas de tecidos mais rígidos ou maquiagens mais pesadas (e claro que está tudo bem também se você anda sonhando com esses itens e não aguenta mais aquele look casual, confortável e sem grandes produções)

 Uma pesquisa global feita pela consultoria Accenture recentemente, com mais 20 mil pessoas distribuídas em mais de 20 países, mostrou que 50% dos consumidores repensaram (ou estão neste processo) seu proposito pessoal, reavaliando o que é importante para eles após passarem pela pandemia, inclusive no seu guarda-roupa e na sua própria imagem.

É fato que no início brincamos com a possibilidade de não precisarmos nos arrumar, foi gostoso, foi divertido, foi até libertador, mas conforme os meses foram passando observamos também novas necessidade, como por exemplo a injeção de cores em nossos guarda-roupas para liberarmos um pouco de serotonina (impossível esquecer a enxurrada de tie-dye que recebemos!)

Minha aposta: o modelo híbrido prevalecerá e o conforto não irá embora, mas incluiremos um toque moderno, afinal assim como as empresas perceberam que alguns cargos não precisam necessariamente estar no escritório de forma presencial, nossos guarda-roupas também perceberam que não precisarão se limitar em um ou mais dos estilos universais e sim ir beber na fonte de todos eles quando julgarmos necessário, seja por vontade ou estratégia de imagem.

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