
"Você não é só a mulher mais determinada que eu já vi nessas bancadas. Provavelmente, você é a pessoa mais determinada que eu já conheci", disse a apresentadora Ana Paula Padrão sobre Juliana Nicoli, participante do Master Chef, que está no ar na Band.
Uma das protagonistas da edição, seja como vilã ou mocinha, Juliana chegou até o Top 4 do programa mais conhecido do Brasil através de seu foco e determinação.
Depois de uma semana difícil, um pouco salgada demais, a chef amadora continua na disputa para vencer o programa, seu principal objetivo.
"Meu objetivo é ir além. Ao decorrer da competição, fui colocando metas. Chegar até o Top 10, até o Top 4... tudo isso já foi um presente para mim, mas quero chegar à final", disse Juliana em entrevista a OVALE.
Natural de Guaratinguetá, Juliana, de 35 anos, é de todo o Vale do Paraíba: mora em Taubaté, trabalhava em São José e leva seu típico "r" puxado para a televisão.
Com sua personalidade forte, Juliana conquistou inimigos e aliados durante a competição, fazendo se seu nome um dos mais comentados nas redes sociais.
"Sempre fui uma pessoa assim: ou você me ama, ou me odeia. Nunca escondi que estava jogando e que meu objetivo é ganhar esse prêmio", afirma a participante.
Ela, que logo no início da competição assumiu o papel de líder na primeira prova, admite que é um pouco "cabeça dura", mas não esperava que o público teria uma reação tão adversa ao seu comportamento. Juliana foi alvo de xingamentos em suas redes sociais.
"Não esperava que a edição fosse daquele jeito. Às vezes falamos coisas que são colocadas fora de contexto. Eu estava muito mal, dirigi até Aparecida e rezei muito. Comecei a usar mais nas redes sociais, mostrar que eu não era daquele jeito. Quando contaram minha história no programa, minha imagem mudou um pouco", conta Juliana.
Moldada por uma trajetória de situações adversas, Juliana passou por cirurgias ainda quando era muito nova, chegando a correr o risco de ficar paraplégica. O aprendizado que teve, aplica na competição: viver um dia de cada vez.
Ela se formou em Enfermagem e enquanto fazia faculdade, Juliana cuidava de sua avó, que tinha Alzheimer. Por ficar bastante em casa, sempre se virou na cozinha.
"Eu queria fazer Nutrição, mas Enfermagem era o único curso que eu podia fazer já que durante o dia precisava cuidar da minha vó", conta ela.
Depois de formada, Juliana trabalhou em Taubaté, São Paulo e no hospital Antoninho Rocha Marmo, em São José dos Campos.
"Eu tinha muitos funcionários abaixo de mim, dois celulares, trabalhava quase 24 horas por dia. Comecei a fazer da cozinha minha válvula de escape", afirma Juliana.
Sempre muito curiosa, a chef amadora começou a "gourmetizar" a cozinha depois de começar a ver programas de culinária na televisão.
"Se tinha um prato que eu gostava, eu corria para fazer. Se ficasse ruim, tudo bem, mas eu aprendia tudo sozinha". Ela conta que, certa vez, rodou o Vale do Paraíba em busca de vieiras, molusco usado na alta cozinha.
"Achavam que eu era louca, porque eu ligava todo o dia para o supermercado para perguntar se havia chegado".
No programa, Juliana cresceu e se tornou uma das participantes favoritas para a final. Apostando em uma cozinha orgânica, utilizando ingredientes naturais, Juliana afirma que, mesmo se não vencer o programa, quer se dedicar ao estudo de gastronomia.
"Eu saí do hospital no meio do programa e agora quero me dedicar a isso. Depois que eu estudar bastante e me sentir preparada, vou começar a pensar em montar um restaurante", explica ela..