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Acervo online vai do período colonial à redemocratização

Por OVALE BrandStudio | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 3 min
Flávio Pereira/CMSJC
Fontes guardadas no Aqurivo Público são digitalizadas na Univap e hospedadas no site da Câmara de  São José
Fontes guardadas no Aqurivo Público são digitalizadas na Univap e hospedadas no site da Câmara de São José

Há 20 anos o Pró-Memória preserva e divulga a história de São José dos Campos dando acesso a milhares de documentos do acervo da Câmara Municipal e do Arquivo Público de diferentes períodos: da colonização à redemocratização, passando por império, república, fase sanatorial, industrialização e ditadura militar.

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Da fase colonial, um dos mais antigos é a transcrição do auto de elevação da Vila de São José da Paraíba, manuscrito de 1767 microfilmado. A coleção Morgado de Mateus contém ainda correspondências do governador da capitania de São Paulo, Luis Antonio de Sousa Botelho Mourão (o Morgado de Mateus), com o diretor da Aldeia, José de Araújo Coimbra; oficiais da Câmara da Vila de São José e do diretor da Vila, José de Araújo Portes.

Também é possível conhecer o ambiente político-administrativo no império (de 1810 a 1850), incluindo transcrição das atas de sessão de Câmara manuscritas de 1835 e 1836. E do século passado por meio das correspondências do gabinete do prefeito dos anos de 1905 a 1976, além de relatórios e livros-caixa.

Quanto ao período marcado pela lavoura cafeeira, livros de impostos e parte das ações judiciais do Fórum da Comarca de 1803 a 1970, que soma três mil caixas, contam sobre a escravatura e pós-abolição. Há testamentos, inventários e processos relacionados a crimes e à Lei dos Sexagenários, de 1885.

Já da chamada fase sanatorial, o internauta encontra periódicos que circularam pela cidade na primeira metade do século 20, como revistas e o jornal Correio Joseense (1920-1967). Para compreender a cidade no contexto do período democrático também chamado de República Populista ou Quarta República (1945-1954) e depois dele, as atas de sessões da Câmara digitalizadas cobrem os anos de 1948 a 1984.

Sobre a ditadura militar, o e-book da Comissão da Verdade reúne depoimentos sobre violação de direitos humanos de ex-presos políticos, estudantes e sindicalistas perseguidos na época e coletados entre 2013 e 2014.

Da redemocratização estão disponíveis, por exemplo, 14 caixas de documentos relacionados à elaboração e discussão da Lei Orgânica do Município que foram doadas pelo ex-vereador Luiz Paulo Costa ao Arquivo da Câmara. O processo iniciado em 1984 só foi concluído em 1990.

Sobre todas essas etapas da história da cidade há artigos, publicações acadêmicas de iniciação científica, dissertações e teses de pós-graduação. Entre os livros escritos por pesquisadores, destaque para a coletânea “História e Cidade” de sete volumes lançados entre 2009 e 2015. E dois projetos desenvolvidos pelos estagiários do Pró-Memória, Ruas e Patronos, resgatam dados biográficos de pessoas que deram nome a vias e escolas da cidade.

Criado pelo decreto legislativo 32/2003 em outubro de 2003, fruto de acordo de cooperação entre três instituições, os trabalhos do Pró-Memória começaram em março de 2004.

Desde então, estudantes do curso de História da Univap (Universidade do Vale do Paraíba) digitalizam, sob a supervisão da coordenadora do Laboratório de Pesquisa e Documentação Histórica, fontes selecionadas mantidas pelo Arquivo Público/Fundação Cultural Cassiano Ricardo ou do arquivo da Câmara.

Os documentos digitalizados são carregados em uma página hospedada no site do Legislativo e ficam disponíveis para consulta on-line.

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