
A cidade de São José dos Campos vai contratar 1.691 câmeras de vigilância e implantar o maior sistema de monitoramento da história do município, o mais complexo 'BBB' da segurança pública da cidade. O investimento para a contratação é de R$ 91,8 milhões. Atualmente, a cidade conta com 1.200 câmeras de vigilância -- esse total será acrescido de quase 500 câmeras.
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Serão contratados nove tipos de câmeras para compor o parque de monitoramento inteligente do CSI (Centro de Segurança e Inteligência) de São José, estabelecendo a maior cobertura de vigilância eletrônica que a cidade já teve.
O edital para a contratação do serviço já foi lançado e as propostas serão abertas em 2 de abril deste ano. A modalidade é concorrência eletrônica. O vencedor terá 60 meses para implantar as câmeras. Com isso, o custo mensal será de R$ 1,51 milhão. A Prefeitura de São José dos Campos informou que o valor final será “formalizado no contrato”.
A ampliação das câmeras é a principal proposta na área de segurança pública do prefeito Anderson Farias (PSD), reeleito em 2024 para mais quatro anos de mandato. Segundo ele, os equipamentos eletrônicos foram fundamentais para reduzir a criminalidade da cidade, que registrou o menor número de homicídios da série histórica do governo estadual.
Detalhes do edital.
Ao invés de comprar as câmeras, a prefeitura optou por contratar empresa especializada na prestação de serviços que componham uma solução de Cidade Inteligente, contemplando “serviços de conectividade, telecomunicações e imagens entre unidades da Prefeitura de São José dos Campos”.
Os locais incluem prédios, logradouros, pontos de videomonitoramento, controladores semafóricos e antenas wirelless. Eles farão parte de “rede corporativa municipal”, a ser disponibilizada pela contratada, além de envolver a “instalação, operação e manutenção de um sistema de videomonitoramento”.
A vencedora terá que fornecer serviços como reconhecimento facial e de placas de veículos, monitoramento de perímetro e cerca virtual, fiscalização de veículos (estacionamento irregular, contramão, circulação proibida), detecção de densidade de concentração de pessoas, serviços de conectividade e telecomunicações para a Rede Corporativa Municipal e suporte técnico e manutenção dos equipamentos e sistemas?.
O contrato prevê nove diferentes tipos de pontos de videomonitoramento, com 559 câmeras IM360 (Imagem Móvel 360º), 125 câmeras IFVPF (Imagem Fixa Vias Públicas para Fiscalização), 373 câmeras IFVP (Imagem Fixa Vias Públicas), 134 câmeras IFPP (Imagem Fixa Próprios Públicos), 100 câmeras IFAP (Imagem Fixa Áreas Públicas), 14 câmeras IPAN (Imagem Panorâmica), 200 câmeras IMES (Imagem Móvel de Emergência Social), 86 câmeras IFEV (Imagem Fixa Embarcada Veicular) e 100 câmeras IFC (Imagem Fixa Corporal).
“A gente acredita nisso [câmeras de monitoramento]. Olha hoje o resultado que tem. Do ponto de vista financeiro não dá nem para mensurar. Mas do ponto de vista de ganho de qualidade de vida, de segurança de vida, quando você compara quantas pessoas morriam por ano, quantos carros eram roubados por ano, não tem nem comparação com o que temos atualmente”, disse Anderson Farias a OVALE, em entrevista durante a campanha eleitoral, em junho do ano passado.