A Havan venceu a licitação promovida pela Unitau (Universidade de Taubaté) e vai alugar por 15 anos o imóvel que fica na Praça Monsenhor Silva Barros (Praça da Eletro). O espaço era utilizado como centro de compras desde 1971, mas estava sem uso desde o fim de 2022, quando terminou o contrato com o Grupo Pão de Açúcar.
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A Havan foi a única participante no leilão realizado nessa quinta-feira (17) e ofereceu o lance no valor mínimo, que era de R$ 25,56 milhões pelo período de 15 anos - o que representa R$ 1,7 milhão por ano, ou R$ 142 mil por mês.
À reportagem, a Unitau informou que o resultado do leilão "já foi homologado" e que "a próxima etapa do processo é a apresentação das documentações para assinatura do contrato".
A Havan afirmou que irá abrir "uma megaloja" no local, que deve ser inaugurada no primeiro semestre de 2025 - será a segunda unidade da empresa na cidade. "Antes disso [da inauguração], o local passará por uma restauração, ganhando todos os elementos que fazem a Havan ser notória no Brasil, com amplo estacionamento, praça de alimentação e a tradicional fachada da Casa Branca. A atual permanecerá em funcionamento no Via Vale Garden Shopping, e Taubaté ganhará mais uma megaloja, dessa vez, no centro da cidade", afirmou o empresário Luciano Hang, proprietário da rede de lojas.
Licitações.
Após a saída do Grupo Pão de Açúcar, a Unitau promoveu sete licitações entre fevereiro e novembro de 2023 para fazer uma nova concessão do espaço, mas não houve interessados. Nessas tentativas, o valor mínimo começou em R$ 204 mil por mês e depois baixou para R$ 157 mil por mês.
O recuo, que veio acompanhado da oitava tentativa de licitação, ocorreu após o empresário Luciano Hang ter visitado o imóvel em agosto desse ano. Nessa quinta-feira, o interesse foi confirmado e a empresa venceu o leilão promovido pela universidade.
Imóvel.
O prédio, de 11,8 mil metros quadrados, é avaliado em R$ 55,1 milhões. Em janeiro de 2023, após o fim do contrato de aluguel com o Grupo Pão de Açúcar, o governo José Saud (PP) manifestou interesse em transferir a sede da Prefeitura de Taubaté para esse imóvel, mas a negociação com a Unitau não evoluiu - a universidade pedia ao menos R$ 2,4 milhões por ano para a locação, mas o município aceitava pagar apenas R$ 1,4 milhão.
Em meio ao impasse, Saud editou um decreto em março de 2023 para declarar a área de utilidade pública, para fins de desapropriação, por via amigável ou judicial. No mesmo dia, o Ministério Público expediu uma recomendação em que solicitava a suspensão do ato, por suposta irregularidade. A Promotoria alegou que, caso isso não fosse feito, tomaria as medidas judiciais cabíveis – o que poderia incluir uma ação de improbidade administrativa contra o prefeito.
Como a recomendação não foi atendida, em junho do ano passado o MP instaurou inquérito para acompanhar o caso e pediu que a Prefeitura comprovasse de forma documental e contábil que possuía condições financeiras para fazer a "imediata indenização em dinheiro" pelo imóvel. Depois disso, Saud revogou o decreto.