CRIME NO VALE

No Vale, grávida foi morta e bebê roubado por 'falsa mãe'

Por Da redação | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 3 min
Reprodução
Na época do crime, bebê foi encontrada em favela do Rio de Janeiro
Na época do crime, bebê foi encontrada em favela do Rio de Janeiro

A prisão de Jociane Jardim, de 42 anos, em Porto Alegre (RS), nesta quarta-feira (16), trouxe à tona um crime chocante: a morte de uma jovem grávida para roubar o bebê dela.

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A investigação apontou que Jociane assassinou Paula Janaína Ferreira Melo, de 25 anos, grávida de quase 9 meses. Ela foi atraída para o apartamento da investigada com a promessa de que iria ganhar um carrinho de criança.

No Vale do Paraíba, um caso semelhante chocou a região em julho de 2018. Um bebê foi arrancado do útero de uma grávida morta em Paraibuna.

O crime.

O corpo da andarilha Leilah do Santos, de 39 anos, foi encontrado no dia 4 de julho com um corte no barriga, às margens da represa em Paraibuna. Do lado do corpo foi achado resquício de placenta, o que levantou a suspeita que ela estivesse grávida. Na ocasião, o bebê não foi achado.

No mesmo dia, um casal tentou registrar um bebê no cartório, mas levantou suspeita por não ter documentação. À polícia, os funcionários do cartório contaram que a mulher disse que era moradora da zona rural e que a criança tinha nascido na roça, sem atendimento médico e que, por isso, não tinha os documentos que comprovassem a maternidade.

Apesar da insistência em registrar o bebê, o cartório orientou a mulher que fosse ao posto médico com a criança para obter uma certidão de nascido vivo. A suspeita, de 34 anos, foi ao local com o bebê, mas saiu sem o documento depois de se recusar a passar por exames ginecológicos. Esses exames poderiam comprovar o parto recente.

Com o vídeo do cartório, a polícia fez a identificação dos suspeitos. Um casal de amigos da suspeita, que também aparece nas imagens com ela, disse à polícia que a mulher contou que o bebê era adotado e que a mãe da criança tinha feito um acordo com ela, sobre a entrega da criança. A suspeita tem, segundo a polícia, um histórico de tentativas frustradas de gestação e, no último ano, havia tido uma gravidez psicológica.

Versão.

O casal ainda contou à Polícia Civil que o namorado da mulher teria contado outra versão para o surgimento da recém-nascida, que ele tinha feito o parto da grávida, o que levantou a suspeita de que o companheiro também estivesse envolvido na morte de Leilah Santos. Esse casal que acompanhou Leilah ao cartório também foi preso, considerados cúmplices na ação.

Para a polícia, a suspeita é de que, após o parto, eles tenham matado a vítima e tentado ocultar o cadáver, que foi queimado e abandonado em uma área rural. Há divergências nos depoimentos das quatro pessoas presas, sobretudo sobre a autoria dos golpes que mataram a andarilha grávida.

A guarda do bebê arrancado do útero da grávida em Paraibuna ficou com a família da vítima, na época do crime. A criança foi encontrada em uma favela no Rio de Janeiro.

De acordo com a Polícia Civil, os familiares da bebê vivem em São José dos Campos e levaram a criança para ser registrada no cartório em Paraibuna, ocasião que visitaram a delegacia. A menina ficou com um tio da mãe, após ser resgatada.

Antes, o bebê esteve em um abrigo em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro. A menina ficou no local após um casal, suspeito de ter realizado o parto da criança para roubá-la da mãe, ser encontrado com a menina. Eles foram presos.

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