SABATINA OVALE

Elton critica ações de Anderson e explica por que virou oposição

Por Da Redação | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 4 min
Reprodução
Dr. Elton (União) durante sabatina
Dr. Elton (União) durante sabatina

Candidato à Prefeitura de São José dos Campos, Dr. Elton (União) abriu nesta segunda-feira (16), na redação de OVALE, as sabatinas com os postulantes ao Paço Municipal.

As sabatinas ocorrerão até 24 de setembro, sempre com os candidatos de Taubaté às 11h e os de São José dos Campos, às 19h. As entrevistas terão uma hora de duração e serão transmitidas ao vivo pelo site de OVALE, além do YouTube e Facebook, com conteúdos adicionais no Instagram.

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Elton respondeu a perguntas do editor-chefe de OVALE, Guilhermo Codazzi, e do repórter especial Xandu Alves.

Durante a sabatina, o candidato do União Brasil afirmou que não teme ser mal visto pelo eleitor que votou nele para deputado estadual, em 2022, caso seja eleito prefeito e abandone no meio o mandato na Assembleia Legislativa. "Eu não deixo o mandato de deputado. Apenas faço uma pergunta para os eleitores de São José dos Campos", disse. "A cidade pode perder nesse momento um deputado, mas acredito que ganhe um grande prefeito".

Elton também disse não colocar a mão no fogo pelo presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Milton Leite, que é o principal nome do União Brasil no estado e está sendo investigado por suspeita de ligação com empresas vinculadas ao PCC. E nem pelo presidente do PRTB em São Paulo, Leonardo Avalanche, que foi quem bancou a candidatura do Pablo Marçal e também está sendo acusado de relação com o PCC - o PRTB integra a coligação de Elton. "Se partido fosse bom, não chamava partido. Todos os partidos têm diversos problemas", disse o candidato. "Eu coloco a mão no fogo só sobre a minha pessoa".

Elton também relevou o fato de Pablo Marçal, que é candidato a prefeito pelo PRTB em São Paulo, ter gravado um vídeo declarando apoio à candidatura do prefeito de São José, Anderson Farias (PSD). "Ele é livre para declarar o apoio a quem ele quiser".

Como vereador, Elton era da base aliada ao atual governo. Na sabatina, justificou o fato de, agora, ser candidato de oposição. "Eu fui notando problemas de palavra e coerência em muitos projetos, que não compactuavam com aquilo que acredito", disse. "Eu não pedi para sair da base, eu fui expulso porque não votei como eles gostariam que eu votasse".

Elton também disse que se arrepende de ter votado a favor, em 2020, do projeto sobre o desconto de 14% para aposentados e pensionistas da Prefeitura. "Acredito ter errado. Fui induzido a erro naquela época".

Indagado, Elton disse que é conservador, mas fez uma ressalva: "eu não sou bolsonarista". Médico, o deputado também foi questionado sobre a forma como o então presidente Jair Bolsonaro (PL) se portou na pandemia, quando fazia a defesa de medicamentos sem eficácia comprovada, como a cloroquina, e era contra o isolamento social. "Uma coisa é a fala, outra coisa são as ações. O governo federal, à medida que ocorreu a liberação das vacinas, fez a aquisição e compras", afirmou. "[Bolsonaro] foi infeliz em muitas falas, mas as ações do governo federal foram assertivas".

Elton disse que "a saúde é a principal queixa da nossa cidade" e defendeu a proposta de criar um novo complexo hospitalar, com a verticalização do atual Hospital Municipal, mas não disse quanto isso custaria.

Elton criticou o programa do governo estadual que enviou dependentes químicos acolhidos na 'cracolândia', em São Paulo, para comunidades terapêuticas de São José dos Campos - a ação é capitaneada pelo ex-prefeito Felicio Ramuth (PSD), atual vice-governador. Segundo o deputado estadual, muitos dos usuários de drogas abandonam o tratamento e passam a viver nas ruas da cidade. "Se esqueceu que, pela nossa constituição, ninguém é obrigado a ficar internado", disse. "Nós precisamos cuidar, prioritariamente, daqueles [moradores] locais".

O candidato criticou o atual prefeito por insistir na tentativa de alugar 400 veículos elétricos, que pode custar cerca de R$ 3 bilhões em 15 anos. "Esse projeto é inviável". Elton ressaltou que, até agora, cinco tentativas de licitação foram fracassadas. "Fazendo a mesma coisa, não terão resultado diferente".

Ainda com relação ao transporte público, Elton promete aumentar a oferta de linhas e viagens, além de implantar a tarifa zero aos fins de semana e feriados. Mas não explicou de onde sairia o dinheiro para isso - se haveria aumento da tarifa ou do subsídio da Prefeitura (que foi de R$ 67 milhões da Prefeitura apenas no ano passado). "Essa conta precisa passar por um estudo", disse.

Na educação, defendeu a ampliação da jornada de ensino em tempo integral, mas também não soube dizer quanto recurso financeiro seria necessário para isso. "O recurso vai paulatinamente acontecendo".

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