MONTADORA

Metalúrgicos da GM rejeitam propostas e ameaçam greve em SJC

Por Da redação | São José dos Campos
| Tempo de leitura: 2 min
Divulgação / Roosevelt Cássio
Trabalhadores da GM rejeitam propostas apresentadas pela montadora
Trabalhadores da GM rejeitam propostas apresentadas pela montadora

Trabalhadores da General Motors de São José dos Campos rejeitaram as propostas da montadora para o reajuste salarial em assembleia nesta segunda-feira (16), que reuniu os dois turnos da fábrica.

Clique aqui para fazer parte da comunidade de OVALE no WhatsApp e receber notícias em primeira mão. E clique aqui para participar também do canal de OVALE no WhatsApp

Os participantes também exigiram que a montadora apresente nova proposta ao Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região.

Caso a direção da empresa se recuse a negociar, segundo o sindicato, haverá greve a partir desta terça-feira (17), às 5h30, quando acontecerá nova assembleia.

Após uma série de reuniões de negociação entre a GM e o Sindicato dos Metalúrgicos, as duas partes não chegaram a um acordo. A montadora apresentou duas propostas, que foram levadas à assembleia nesta segunda e “amplamente rejeitadas pelos operários”, informou a entidade.

Na primeira proposta, a GM oferece um acordo coletivo com vigência de um ano, reajuste salarial referente ao INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) da data-base (3,71%) mais 1% de aumento real, além de vale-alimentação de R$ 500 e PLR (Participação nos Lucros e Resultados) de 2025 correspondente ao mesmo valor de 2024 corrigido pelo INPC.

Além disso, a companhia não garantiria investimentos na planta de São José dos Campos, na contramão do que ela mesma anunciou no início do mês.

Na segunda proposta, a montadora oferece um acordo coletivo com vigência de dois anos, com reajuste salarial correspondente a apenas a reposição da inflação (INPC), sem aumento real, vale-alimentação de R$ 700 e PLR fixa de R$ 20 mil em 2025, com o mesmo valor corrigido pelo INPC em 2026. Nessa proposta, a GM sugere credenciar a planta para futuros investimentos e contratações.

Ambas as ofertas foram rejeitadas, informou o sindicato, “porque não atendem aos interesses dos metalúrgicos”. Os operários exigem aumento real de salário e renovação do acordo coletivo “sem ameaças veladas”.

Em outras oportunidades, os metalúrgicos de São José dos Campos já aceitaram flexibilização de direitos para viabilizar investimentos que nunca se concretizaram, segundo o sindicato.

“Os trabalhadores estão revoltados com a postura da General Motors e estão dispostos a paralisar a produção por tempo indeterminado para defender seus salários e direitos. Para não ser acusado de intransigente, o Sindicato deu um prazo para a direção da companhia se manifestar. A bola está agora com a GM”, disse o presidente em exercício do sindicato, Valmir Mariano.

A planta da GM em São José dos Campos tem cerca de 3.250 trabalhadores e produz os modelos S10 e Trailblazer.

Comentários

Comentários