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Os nomes selecionados, além de marcarem o humor gráfico brasileiro, fazem parte da história do Salão de Humor de Piracicaba. “Estar nessa exposição  é um presente para alguém feito eu, nascido, criado e atuante há 33 anos na cidade do principal Salão de Humor do mundo. É muito gratificante e divertido estar ao lado de mestres como Ziraldo e Paulo Caruso, em seus últimos registros fotográficos, e ao lado de inspirações que viraram amigos, como Spacca e Baptistão; e de cartunistas de Piracicaba que são referências incontestáveis, como Edu Grosso e Fausto Longo”, disse o cartunista Érico San Juan. “O Paulo falou com o maior número possível de cartunistas de todo o Brasil. Gostei da postura dele, muito democrática e abrangente. Ele convidou artistas de diferentes gerações, veteranos e mais novos, do papel e do tablet”, completou.

O Salão de Humor de Piracicaba, além de ser referência, serviu como ponto de partida para o trabalho de Vitale, após o fotógrafo conversar com o cartunista Baptistão, que também foi fotografado. Segundo o fotógrafo, após anos de convivência com cartunistas pelas redações de jornais e revistas por onde passou, e perceber a forma ácida e criativa como os desenhistas retratam as pessoas, ele teve a ideia de “inverter a linguagem” e registrar os artistas com algum traço que remetesse à característica de cada um. “Começou com um amigo, o Baptistão, que perguntou se eu conhecia o Salão de Humor de Piracicaba. Eu entrei em contato com a organização, na época falei com o Erasmo Spadotto, e perguntei se poderia ir até o salão e fotografar os cartunistas. Montamos um estúdio em uma cozinha, em um prédio ao lado do prêmio, e ali fotografei 15 cartunistas”, contou Vitale. “Foi uma pílula do que viria a ser esse projeto”, completou.

Depois do primeiro contato, com as indicações que foi reunindo de outros cartunistas, Vitale chegou a ter em mãos 400 nomes de artistas de todo o Brasil. “Percebi a  potência que o Brasil é no humor gráfico. Minha meta era chegar a 100, mas quando vi, já tinha 120. Estourei a meta”, finalizou.
A exposição é um projeto inédito e tem a curadoria de Eder Chiodetto. Vitale é fotógrafo, diretor de cena e autor. Foi fotógrafo e editor de fotografia do Jornal O Estado de S. Paulo, editor de fotografia das revistas Veja e Época e correspondente da Agência Estado, em Nova York.

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