DRAMA NO VALE

Piloto de São José sonhava vencer competição de motovelocidade um mês antes de queda

Piloto do Vale sonhava com vitória em competição de motovelocidade 1 mês antes de acidente

Por Xandu Alves | 29/03/2024 | Tempo de leitura: 3 min
São José dos Campos

Divulgação

Tinho em sua possante moto: joseense ama os esportes
Tinho em sua possante moto: joseense ama os esportes

Mauricio de Castro e Silva Filho, 34 anos, o ‘Tinho’, de São José dos Campos, é apaixonado por esportes. Ele jogava futebol, frequentava academias e participava de competições de motovelocidade.

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Os verbos estão no passado por que Tinho sofreu um gravíssimo acidente de moto no Vale do Paraíba que traz dúvidas sobre o seu futuro.

Nesse momento, o piloto está em tratamento de uma lesão grave na coluna, que o impede de andar e de sentir o corpo abaixo da cintura. Não se sabe se ele conseguirá voltar a andar, embora a possibilidade exista.

QUEDA.

Tinho caiu de moto enquanto treinava numa estrada em Jambeiro, em 24 de fevereiro. Ele perdeu a direção do veículo numa curva e caiu há mais de três metros em um barranco, sendo arremessado contra uma pilastra de concreto de uma cerca. Ele quebrou a coluna, as costelas e vértebras. Naquele dia, diferente de outros treinos, ele não vestia o protetor da coluna.

Além disso, o trágico da história é que o acidente ocorreu durante o último treino do piloto antes de passar a correr em autódromos, em preparação para a estreia em um campeonato de motovelocidade.

Seria o primeiro da carreira dele com um contrato assinado. Ou seja, ele receberia para correr. A estreia da competição ocorreu em Goiânia, em 24 de março, exatamente um mês após o acidente de Tinho.

“Numa curva da estrada, a moto não acompanhou o que ele tentou. Houve uma aceleração e ele não conseguiu completar a curva”, explicou Ellen Carvalho, 35 anos, mulher de Tinho.

ESPORTES.

Segundo ela, o marido sempre foi uma pessoa ligada aos esportes. Ele tem muitos amigos e sempre estava jogando bola e treinando em academias com eles. Tinho trabalha como autônomo e mirava a motovelocidade como uma possibilidade profissional de passar a tirar a renda da modalidade esportiva. Ele sonhava com o pódio.

O sonho não morreu de vez, mas está mais distante do que nunca, como contou Ellen: “Ele sente muitas dores, passa o dia em uma cama de hospital que adaptamos na sala do nosso apartamento e só senta na cadeira de rodas para tomar banho. É uma situação muito complicada e fisica e emocionalmente dolorida".

CHANCE DE ANDAR.

Segundo ela, a boa notícia é que não houve rompimento completo da medula, o que aumenta a chance de Tinho voltar a andar, o que ele não consegue fazer no momento.

“A gente se agarra nisso. Um médico disse que ele tem dois anos para fazer de tudo para voltar a andar. Depois é a sequela”, disse Ellen.

Ela contou que descobriu um médico em São Paulo cuja clínica tem mais recursos para tratar casos como o de Tinho. Ele será levado à capital assim que conseguir entrar em um carro, o que não é possível no momento em razão da lesão e da mobilidade reduzida.

“Sonho em ver meu marido recuperado. Parece que estou vivendo um pesadelo. Pensei em sair do trabalho para cuidar dele, mas não consigo, porque a única renda é a minha. Quero a nossa rotina de volta”, lamentou a esposa.

ROTINA.

Ela confessou que momentos antes prosaicos e sem muito destaque, como levar a filha de sete anos à escola e passear no shopping, tornaram-se metas a serem alcançadas por Tinho, que está impossibilitado de fazê-los.

“Ele precisa fazer fisioterapia todos os dias e contar com a ajuda de um enfermeiro e de psicólogo. O tratamento é caro e precisamos da ajuda das pessoas para garantir a melhor recuperação que ele possa ter”, contou Ellen.

Para dar conta dos gastos, que passam atualmente de R$ 3.000 por semana, a família lançou uma vaquinha on-line para arrecadar dinheiro e financiar o tratamento do piloto. A meta é levantar R$ 300 mil na campanha.

“A vaquinha é para ajudar com os gastos na semana e as medicações, que são bem caras. Tenho esperança que as pessoas se sensibilizem com a história dele. Ele tem muitos amigos e é muito querido”, disse Ellen, que se desdobra entre o trabalho (que ela não pode largar), o cuidado com o marido e a filha.

Quem quiser ajudar na recuperação e no tratamento de Tinho, CLIQUE AQUI.

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