OPINIÃO

Alegria e economia

Por Gregório José | 28/03/2024 | Tempo de leitura: 2 min

Jornalista/radialista/filósofo

Com a chegada do Domingo de Páscoa, os corredores dos supermercados se enchem com uma variedade deliciosa de ovos de chocolate, enquanto a tradição do "amigo-chocolate" ganha espaço nas conversas e nos encontros entre amigos e familiares. É nesse clima de doçura e confraternização que nos deparamos com uma prática que vai além do simples ato de apresentar: o "amigo-chocolate" revela-se como um reflexo da sociedade contemporânea, onde a busca por maneiras econômicas e criativas de celebrar encontra eco em meio às pressões financeiras do dia a dia.

Os números revelados pela pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), em conjunto com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), em parceria com a Offerwise Pesquisas, oferecem uma interessante radiografia desses eventos. Com 37% dos entrevistados participantes do "amigo-chocolate", fica evidente que a prática se solidifica como uma alternativa atraente para quem busca compartilhar momentos de alegria sem comprometer o bolso.

Os motivos que impulsionaram a adesão são diversos, desde a valorização dos encontros sociais até a conscientização financeira. Para 17% dos entrevistados, o apelo é na oportunidade de interação e convívio com amigos e familiares, enquanto 16% liberam na troca de chocolates uma maneira inteligente de apresentar sem exagerar nos gastos. Contudo, é importante notar que uma parcela significativa (57%) opta por não participar, seja pela falta de costume entre seus círculos sociais (28%) ou simplesmente pela falta de profundidade com a prática (21%).

Nesse cenário, as cifras revelam também a diversidade de ambientes onde o "amigo-chocolate" encontra espaço para florescer. Seja entre familiares (67%), amigos (41%), ou colegas de trabalho (34%), a tradição pascal encontra formas de se reinventar, adaptando-se a diferentes contextos e relações interpessoais.

Ao considerarmos a fala do presidente da CNDL, José César da Costa, sobre as previsões económicas do "amigo-chocolate", somos lembrados da importância de uma celebração que alia alegria e responsabilidade financeira. Com um gasto médio de R$ 60 por presente e uma média de quatro brincadeiras por participante, fica evidente que é possível celebrar a Páscoa de forma doce e afetuosa sem comprometer o equilíbrio das finanças pessoais.

Para alívio do comércio, a novidade "amigo-chocolate" surge como uma expressão moderna de solidariedade e camaradagem, onde o prazer de apresentar e ser presenteado encontra harmonia com a necessidade de manter um olhar atento sobre as despesas. Que essa Páscoa não seja apenas uma festa de chocolates, mas também um momento de união e cuidado mútuo, refletindo os valores essenciais da nossa sociedade contemporânea.

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