DENGUE

Dengue: Saúde avalia usar mosquito com Wolbachia para combater doença

A recomendação surgiu do Ministério da Saúde, que enviou uma comitiva para discutir estratégias de combate à dengue em Campinas.

Por Higor Goulart | 26/03/2024 | Tempo de leitura: 2 min
Especial para a Sampi Campinas

Divulgação/PMC

Encontro com representantes do Ministério da Saúde aconteceu nesta terça-feira, 26
Encontro com representantes do Ministério da Saúde aconteceu nesta terça-feira, 26

O prefeito de Campinas, Dário Saadi (Republicanos), e representantes da Secretaria de Saúde receberam nesta terça-feira, 26, representantes do Ministério da Saúde. No encontro, as lideranças discutiram estratégias para enfrentamento da epidemia de dengue em Campinas.

 

“É muito importante trocar experiências e falar o que Campinas está fazendo em relação ao enfrentamento à dengue e unir esforços com o Ministério da Saúde e com a Secretaria de Estado da Saúde para enfrentar essa epidemia que nós estamos tendo na cidade de Campinas e em muitas outras cidades do país. Somando forças a gente vai ter sucesso no enfrentamento à dengue”, destacou o prefeito Dário Saadi.

 

Atualmente, Campinas enfrenta a terceira maior epidemia de dengue da história do município. Desde o início do ano, foram registrados 29.121 casos e quatro mortes, e projeções indicam que a cidade deve registrar o pico da epidemia no mês de abril.

 

Entre as ações para controlar a epidemia, os membros do governo federal apontaram a possibilidade de utilizar mosquitos infectados com a bactéria Wolbachia. A tecnologia é utilizada em outras cidades brasileiras.

 

“Eles trouxeram novas tecnologias para combate ao vetor Aedes aegypti, que nos deixou bastante contentes, porque há muitos anos não existem novas tecnologias de combate ao vetor. Já discutimos a possibilidade da bactéria Wolbachia, que é uma tecnologia que impede a multiplicação do vírus da dengue no mosquito, venha para Campinas. Vamos fazer uma solicitação. Então, a troca de experiências foi interessante e muito produtiva”, avaliou a diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, Andrea von Zuben.

 

Segundo o Ministério da Saúde, a Wolbachia é um microrganismo intracelular presente em 60% dos insetos da natureza, mas que não estava presente no Aedes aegypti. Quando presente no mosquito, a bactéria impede que vírus da dengue, zika, chikungunya e febre amarela se desenvolvam no inseto, contribuindo para a redução destas doenças.

 

O Método Wolbachia consiste na liberação de mosquitos com Wolbachia para que se reproduzam com os Aedes aegypti locais e seja estabelecida uma população destes insetos, todos com Wolbachia.

 

Agora, a Secretaria de Saúde vai verificar os requisitos exigidos pelo Ministério da Saúde e enviará um ofício para realizar a solicitação. A expectativa é de que, se houver possibilidade, na sequência o município receba nova visita de comitiva do governo federal para a implementação.

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