Em seguida, registra as autoridades presentes e transcreve o discurso proferido pelo promotor público da comarca, Antonio Gabriel da Silva Chaves. Ele lembrou que estava presente quando do lançamento da pedra fundamental do prédio e exaltou o “agigantado passo no progresso” que vinha preencher a “lacuna de não possuir esta localidade um mercado dotado das condições de estética e higiene compatíveis com o aspecto aprazível, moderno e peculiar à nossa cidade (...)”.

Um mês antes, a edição do dia 11 de fevereiro ao anunciar a proximidade da inauguração descrevia a “escassez de rendas da municipalidade” e ressaltava que “todas as regras de higiene foram executadas, em favor do público”. A afirmação se dá no contexto da fase sanatorial, em que a cidade recebia tuberculosos em busca de tratamento devido ao clima favorável, e do movimento higienista, que levou à adoção de condutas sanitárias massivas em muitos países por recomendação de médicos e estudiosos para controlar e prevenir surtos de doenças.

O jornal, considerado o mais importante da cidade na época, circulou de 1920 a 1967. Acesse as edições de 1923 na íntegra. As páginas do Correio Joseense revelam transformações históricas, sociais e políticas do país e da região. Elas foram digitalizadas por meio do Pró-Memória, cooperação entre a Câmara Municipal, a Univap e o Arquivo Público (mantido pela Fundação Cultural Cassiano Ricardo) que desde 2003 preserva e divulga a história de São José dos Campos.

No acervo estão documentos administrativos e ações judiciais, fotos, periódicos, publicações acadêmicas e uma coletânea de livros. Para pesquisar, entre na página do Pró-Memória pelo ícone da ampulheta no site da Câmara.

Denominações internas

Os portais, alamedas e passarelas do Mercado receberam nomes em homenagem a comerciantes, a um antigo administrador e ao doador do terreno, José Caetano de Mascarenhas Ferraz. A lei de denominação (7936/2009) é de autoria do vereador Walter Hayashi (PSC) com o ex-vereador Macedo Bastos.