O levantamento foi realizado pelo Ilaese (Instituto Latino-americano de Estudos Socioeconômicos), a pedido do Sindicato dos Metalúrgicos de São José. A categoria metalúrgica é composta por 32,4 mil trabalhadores.

A maior massa salarial vem dos setores de fabricação de veículos automotivos (General Motors e empresas de autopeças) e equipamentos de transporte (Embraer e empresas do setor aeronáutico). Esses setores representam, respectivamente, 23% e 43,66% do total.

OUTRAS CONQUISTAS

Este ano, a Campanha de PLR (Participação nos Lucros e Resultados) dos metalúrgicos gerou R$ 168,4 milhões, 10% acima do que foi pago no ano passado – R$ 153,5 milhões. A categoria também conquistou R$ 6,4 milhões em abonos, distribuídos em metalúrgicos de sete fábricas.

Ações judiciais movidas pelo sindicato somaram cerca de R$ 40 milhões, sendo a maior parte para trabalhadores da Embraer.

“A riqueza gerada pelos trabalhadores alimenta a economia da nossa região e é resultado da luta coletiva da categoria”, disse o presidente do sindicato, Weller Gonçalves.

TAUBATÉ

Os 11.737 trabalhadores do setor metalúrgico de Taubaté foram responsáveis por R$ 1,1 bilhão na economia da cidade e da região neste ano.

O levantamento é do Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) e contabilizou salários, 13º, PLR, VA (Vale Alimentação), abonos diversos e processos judiciais.

A maior parte (83,3%) tem origem nos salários. Em seguida vem o 13º, que representa 6,25%, depois a PLR (5,95%), VA com 2,25%, processos trabalhistas (1,99%) e abonos diversos (0,26%).

Para o presidente do sindicato, Claudio Batista, o Claudião, o montante mostra a importância que os metalúrgicos e metalúrgicas têm para a economia da cidade.

“Nossa categoria movimenta um grande volume de recursos na economia, ajudando a manutenção de empregos de outros setores, principalmente nos pequenos comércios do município.”

Para a economista do Dieese, Renata Belzunces, o montante mostra a força da categoria metalúrgica na economia regional.

“Força essa que pode ser creditada à organização sindical histórica e à defesa do emprego formal e das condições de trabalho com boa remuneração”, disse.

PINDAMONHANGABA

Os acordos firmados pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Pindamonhangaba garantem uma injeção extra de dinheiro na economia de R$ 17 milhões neste fim de ano.

O balanço contabiliza o impacto apenas dos reajustes, abonos e benefícios firmados na campanha salarial com pagamento até dezembro.

Segundo o presidente da entidade, André Oliveira, todos os acordos contaram com aumento real de salário.

"Muitos tiveram também abono salarial, reajuste no vale alimentação e outros benefícios. Foi exaustivo, buscamos ao máximo atender todas as fábricas e as propostas só saíram depois de muita insistência, com as mobilizações", afirmou.

Os acordos firmados diretamente com as fábricas garantiram reajuste para mais de 7.700 trabalhadores, o que representa 94% da categoria. Os demais também foram contemplados com aumento real.