“Alegria de voltar pra casa e estar em família. Quero agradecer todo o carinho, respeito e amor comigo”, disse ele, que aparece cercado dos três filhos – Lucas, Matheus e Marcella –, além de netos, genro e uma das noras.

“Bem, gente, que bom estar de volta, em casa, do lado de pessoas que realmente a gente ama. Toda minha família aqui me esperando, torcendo por mim. Não só eu estou feliz, mas muita gente que torce por mim está também”, disse ele.

“Agradeço a Deus pela minha vida, pela vida da minha amiga, da Thais [mulher que aparece no vídeo do sequestro], que está agora ao lado dos seus dois filhos, ao lado das pessoas que a amam, que ela é uma mulher digna correta”, completou.

RELATO

Marcelinho voltou a explicar o vídeo em que os dois dizem que têm um caso. Mais cedo, ele já havia falado na coletiva após ser libertado que ambos estavam sob a mira de uma arma e foram coagidos a mentir sobre o falso affair.

"E por falar nisso, me perguntaram: 'e aquele vídeo que você fez dizendo que descobriu depois que a mulher era casada e que o marido dela foi atrás de você pra te sequestrar?'. Gente, se você está com revólver apontado na sua cabeça e você é coagido a fazer um vídeo daquele, não tem como. Você vai pensar na sua vida. Eu fui obrigado a fazer aquele vídeo”, afirmou o ex-jogador.

“Só que não colou, não cola, porque eu fui ao show da Neoquímica Arena, com um casal de amigos, somente nós três, e saí de lá sozinho. Fui encontrar os amigos e a Thais em Itaquá para poder entregar os ingressos do show de domingo, onde eu não poderia estar presente. E eles iriam.”

Segundo Marcelinho, foi nesse momento que houve o sequestro. “Só que aconteceu toda essa fatalidade, esse desespero, esse sequestro-relâmpago, duas três ruas acima, aquele baile funk, o fluxo, passando várias pessoas. Quando saí para cumprimentar todo mundo, já vieram três armados, desesperados, já colocando pessoas dentro do carro. Uma terceira pessoa quase entrando, saiu, mas aí tudo que aconteceu dentro do cativeiro, desesperador".

SEQUESTRO

No domingo (17), após sair de um show do cantor Thiaguinho, na Neo Química Arena, Marcelinho foi sequestrado por três homens em Itaquaquecetuba, na Grande São Paulo.

O ex-atleta disse que foi abordado quando entregava ingressos na casa da amiga Thais, desencadeando um sequestro que durou um dia e meio. Segundo ele, a abordagem foi violenta, resultando em uma coronhada na cabeça do ex-jogador, que foi colocado em um carro com um capuz.

Thais, mulher que aparece com Marcelinho em um vídeo gravado no cativeiro, é identificada como sua amiga há três anos. Segundo o ex-jogador, ela trabalhou na Secretaria de Esportes de Itaquaquecetuba durante o período em que ele ocupava o cargo de secretário.

Marcelinho disse que foi coagido a gravar o vídeo em que menciona um envolvimento amoroso com Thais, sugerindo que o marido dela teria orquestrado o sequestro.

A advogada de Thais esclareceu que, embora ela e o marido estejam afastados, ainda não houve divórcio oficial. A separação não era de conhecimento da família, e a relação entre Thais e Marcelinho é descrita como amizade, sem qualquer envolvimento romântico.

O sequestro durou um dia e meio, com a família do jogador efetuando o pagamento de um resgate no valor de R$ 40 mil. Marcelinho foi resgatado em uma casa em Itaquaquecetuba, na Rua Ferraz de Vasconcelos, após uma denúncia anônima. A polícia encontrou o ex-atleta em um cômodo da residência, com um pano na cabeça, indicando as condições adversas do cativeiro.

SUSPEITOS

Seis pessoas foram detidas no local do resgate, uma considerada testemunha e as outras cinco autuadas em flagrante. O trabalho das autoridades continua, com o objetivo de esclarecer completamente os eventos e identificar outros possíveis envolvidos. Até o momento, não foram revelados todos os detalhes dos crimes, mas sabe-se que envolvem extorsão mediante sequestro, com transferências via Pix.

O delegado geral da Polícia Civil, Artur Dian, destacou que a investigação também abrange os crimes de sequestro e cárcere privado. A motivação do sequestro ainda não foi esclarecida. Algumas fontes sugerem que o crime pode ter sido oportunista, influenciado pelo carro chamativo de Marcelinho. As investigações continuam.

Ver essa foto no Instagram

Uma publicação compartilhada por OVALE (@jornalovale)